ENTREVISTA DE RUI COSTA: ‘Caso Vlachodimos’ foi situação complicada

A perda da titularidade de Odysseas Vlachodimos na baliza do Benfica foi uma “situação sensível”, precipitando a saída do futebolista grego para os ingleses do Nottingham Forest, analisou terça-feira o presidente dos ‘encarnados’, Rui Costa.

“O Vlachodimos representou o Benfica durante cinco anos e merece da minha parte, e de todos os benfiquistas, o maior respeito. Depois do que sucedeu e de se perceber que ele poderia perder espaço, era da vontade do próprio que se criasse uma solução. Isto nunca deixou de estar ponderado. Na última época, a dois dias de o mercado terminar, ele teve uma proposta muito vantajosa do Ajax, mas nem sequer pudemos olhar para a mesma, visto que o mercado estava a fechar e não tínhamos uma solução”, observou o dirigente, ao efectuar balanço da actuação dos campeões nacionais no defeso, em entrevista à BTV.

Habitual titular desde a sua chegada à Luz, em 2018/19, Odysseas Vlachodimos perdeu esse estatuto a seguir à derrota na casa do Boavista (3-2), da jornada inaugural da I Liga, que foi selada pelas ‘panteras’ com uma reviravolta em pleno período de compensação, tendo saído no fim do mercado por 4,9 milhões de euros (ME) fixos, mais 4,4 em bónus.

“A vinda do [Anatoliy] Trubin precavia não só a concorrência na baliza, mas também uma possível saída do Vlachodimos. Chegou uma proposta do Nottingham, que era benéfica para o Benfica do ponto de vista financeiro, mas, essencialmente, para o atleta. Jogar na Liga inglesa era um dos seus objectivos. Com uma conversa ponderada, pensámos que a melhor solução para ambas as partes era ceder a esta proposta e que o jogador fosse procurar outra experiência. Chegamos à conclusão, entre todas as partes, de que o ciclo dele tinha terminado. Estamos sempre gratos por aquilo que o Vlachodimos fez”, vincou.

Rui Costa manifestou “toda a confiança” no jovem Samuel Soares, que assumiu a baliza nos três duelos seguintes, e no reforço Anatoliy Tru-bin, que foi contratado ao campeão ucraniano Shakhtar Donetsk por 10 ME, mais um em função da execução de objectivos.