Era antivacina, ficou infectado, recusava ser intubado. Morreu aos 34 anos
Um homem de 34 anos de idade que se manifestava nas redes sociais contra a vacinação morreu no final desta semana por causa da Covid-19, depois de um mês de hospitalização em que foi reportando o evoluir da situação.
A última publicação de Stephen Harmon no Twitter foi escrita na passada quarta-feira, pouco antes de ser intubado. “Fui eu que decidi ser intubado, lutei contra isto o máximo que pude, mas infelizmente cheguei a um ponto crítico e por muito que deteste fazer isto, prefiro que seja minha decisão do que um procedimento de emergência forçado. Não sei quando acordarei, por favor, rezem”.
Acabaria por morrer pouco depois. Seis semanas antes, tinha publicado o seguinte: “Eu tenho 99 problemas, mas a vacina não é um deles”. Oren Friedman, um médico do hospital Cedars-Sinai, em Los Angeles, onde o homem estava internado, disse que este tipo de caso é “incrivelmente desmoralizante”.
“Todas as pessoas que estão doentes o suficiente para serem admitidas no hospital são pessoas que não foram vacinadas”, disse o profissional de saúde, citado pela CBS. Três dias antes de morrer, Harmon, um membro da igreja evangélica Hillsong, escreveu: “Se não tens fé que Deus tem mais poder que o estúpido ventilador, então fica longe do meu quarto da UCI. Não há aqui espaço para medo ou falta de fé”.
A questão das liberdades tem sido uma das principais causas dos novos infectados. Questões políticas, sociais e religiosas que nada têm a ver com o combate a uma doença, tem feito aumentar o número de vítimas numa altura em que os números deveriam estar a descer.