EXCLUSIVO | ERA TRANSMONTANA A PORTUGUESA QUE MORREU COM A FILHA EM TRÁGICO DESASTRE DE CARRO NA CALIFÓRNIA
Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO
Era natural de Vila Real, Trás-os-Montes, a emigrante portuguesa de 64 anos – Maria Teixeira – que perdeu a vida num trágico acidente de viação na Califórnia. O infeliz incidente, que ocorreu no início do passado mês de Abril, preencheu as manchetes de jornais depois de as autoridades policiais terem tornado público o resultado das investigações do desastre.
A viatura Toyota RAV4 em que Maria Teixeira seguia com a filha Elizabeth Correia, 42, tombou cerca de 100 pés por uma falésia costeira abaixo na cidade de Bodega Bay, a norte da Califórnia, junto ao parque de estacionamento do West Bodega Head Trail – provocando a morte no local das duas.
A polícia revelaria que, depois de uma investigação feita à viatura envolvida no acidente, parece não haver indícios de Maria Teixeira – que ia ao volante – ter tentado travar, impedindo dessa forma a queda fatal.
A conclusão da investigação poderá, ainda assim, não ser a prova definitiva de que a dupla portuguesa mãe e filha terá cometido um suicídio a dois, uma vez que outros factores (nomeadamente de ordem médica) podem ter tido alguma influência no acidente.
Em declarações ao jornal LUSO-AMERICANO, Tim Correia, filho de Maria Teixeira, disse que a mãe emigrou de Vila Real em 1973 para os Estados Unidos. “Tinha muito orgulho em ser portuguesa”, nota.
A emigrante transmontana casou-se com um luso-americano de terceira geração da Califórnia, Lewis Correia, de quem teve Elizabeth e o filho Tim.
Elizabeth Correia vivia em Dublin, CA, tal como a mãe, e era professora há 16 anos numa escola primária em San Ramon, CA. Maria Teixeira também trabalhava para o sistema escolar.
“É uma bênção ter tido durante 41 anos a Elizabeth entre nós”, escreveu o pai, Lewis Correia, numa mensagem publicada no Facebook.
O filho da emigrante transmontana, Tim Correia, também recorreu àquela rede social para manifestar o seu pesar e luto. “Trata-se de um vazio no meu coração que nunca será preenchido. Estou tão agradecido pelo tempo que partilhamos em vida. Vão para sempre ser parte de mim. Adoro-vos, mãe e mana.”