Escassez de vacinas nos EUA força cancelamentos e adiamentos na vacinação

As entregas de vacinas em menor quantidade doque era esperado pelo governo federal estão a limitar a capacidade dos estados norte-americanos em enfrentar o surto pandémico que matou mais de 400 mil norteamericanos.

A escassez de vacinas contra a pandemia de covid-19 levou a que alguns locais de vacinação na cidade de Nova Iorque começassem esta quintafeira a cancelar ou adiar o processo de vacinação que o presidente norte-americano, Joe Biden, jurou reverter.

As entregas de vacinas em menor quantidade do que era esperado pelo governo federal causaram “frustração e confusão”, revelou a Associated Press (AP), adiantando que a menor quantidade está a limitar a capacidade dos estados norte-americanos em enfrentar o surto pandémico que matou mais de 400.000 norte-americanos.

Nos últimos dias, as autoridades dos estados da Califórnia, Ohio, West Virginia, Flórida e do Havai alertaram para que os stocks de vacinas estavam a terminar e o fornecimento das mesmas era menor.

“Por falta de abastecimento, estamos realmente a ter de cancelar compromissos”

O presidente da Câmara de Nova Iorque, Bill de Blasio, explicou que a vacinação não parou em toda a cidade, mas que a procura de vacinas excede agora, em muito, o número de doses disponíveis.

“É tremendamente triste que tenhamos tantas pessoas a desejarem a vacina e tanta capacidade em aplicá-la”, afirmou o responsável politico, tendo dito: “O que está a acontecer?”. E prosseguiu: “Por falta de abastecimento, estamos realmente a ter de cancelar compromissos”.

Nas últimas duas semanas, os estados norte-americanos, a pedido da administração Trump, alargaram rapidamente as iniciativas de vacinação para as pessoas com 65 anos ou mais anos, o que aumentou as expectativas de disponibilização de vacinas e criou uma maior procura.

Na semana passada, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos disse que as expectativas dos estados norte-americanos sobre a quantidade de vacinas iam “numa direcção errada”.

“Precisávamos de uma liderança federal estável no início do processo de vacinação”, lembrou Plescia, adiantando que “isso não aconteceu”.