ESCOLAS: Movimento saúda proibição de ‘smartphones’

O movimento ‘Menos Ecrãs, Mais Vida’ elogiou esta semana a proposta da AD para proibir ‘smartphones’ nas escolas até ao 6.º ano, mas quer a limitação alargada aos alunos do 3.º ciclo, posição que pretende defender junto dos partidos.

“Apesar de ir no sentido correcto, que a proibição seja obrigatória para todas as escolas, não se compreende porque não se defende essa proibição pelo menos até ao 9.º ano”, refere o movimento em comunicado.

O programa eleitoral da AD – Coligação PSD/CDS propõe a “proibição de ‘smartphones’ nos 1º e 2º ciclos do ensino básico”, mas em relação aos alunos mais velhos refere apenas a promoção de “uma cultura de uso limitado, responsável e adaptado” para o 3º ciclo e de “uma cultura de uso responsável e adaptado” para o secundário.

Para o movimento ‘Menos Ecrãs, Mais Vida’, a proposta da AD é positiva, uma vez que actualmente existe apenas uma recomendação do Governo nesse sentido, mas os pais pedem que vá mais longe.

“Dentro das escolas, mesmo as crianças e jovens sem ‘smartphone’ estão expostas a todos os riscos e danos associados ao seu uso (…) através de ‘smartphones’ dos colegas”, referem.

Além da AD, o movimento quer conhecer a posição dos restantes partidos sobre a proibição de ‘smartphones’ nas escolas e, por isso, vai solicitar audiências antes das eleições legislativas antecipadas de 18 de Maio.

Em Setembro, o Governo recomendou às escolas a proibição do uso de telemóvel nos 1.º e 2.º ciclos e a implementação de restrições no 3.º ciclo.

Em função dos resultados da avaliação de impacto da medida, o ministro admitiu, na altura, a necessidade de rever o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, para incluir a proibição do uso de telemóvel.