ESTADOS UNIDOS: Selecção feminina e Federação chegam a acordo
A federação norte-americana de futebol (US Soccer) chegou a acordo com as jogadoras da selecção feminina no que toca às condições de trabalho, como parte de uma acção judicial que opunha as duas partes, anunciou esta semana o organismo.
O acordo alcançado, validado por um tribunal do estado da Califórnia, incide sobre as condições das viagens da selecção feminina de futebol dos Estados Unidos, hospedagem, organização dos jogos e abrange os profissionais dedicados à selecção.
“É um momento importante e bem-vindo para o futebol norte-americano e para as jogadoras da selecção nacional”, considerou a presidente da US Soccer, a ex-futebolista Cindy Parlow, que substituiu Carlos Cordeiro no início deste ano.
Parlow, de 42 anos, campeã olímpica em Atalanta1996 e Atenas2004, considera o acordo, que assume “um compromisso da nova gestão em encontrar uma solução para a questão”, “uma boa notícia para todos” e que “servirá de trampolim para a busca do progresso”.
O acordo não inclui as demandas salariais da selecção feminina, que reivindica 66 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros) de salários em atraso, ao abrigo da Lei de Igualdade Salarial e da Lei de Direitos Civis de uma acção judicial movida no início de 2019, por iniciativa de, entre outros, Megan Rapinoe.
“O meu objectivo é, e sempre foi, obter resolução sobre todas as questões de igualdade de remuneração e inspirar uma nova era de colaboração, parceria e confiança”, disse a actual presidente da US Soccer e ex-internacional, Cindy Parlow.