ESTUDO RECOMENDA: Caminhar 8 mil passos 1 a 2 dias por semana

Um estudo conduzido pelo médico Kosuke Inoue da Universidade de Kyoto, no Japão, em colaboração com investigadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) revelou que, ao longo de uma década de investigação e acompanhamento, pessoas com 20 anos ou mais que caminhavam 8 000 ou mais passos um ou dois dias por semana tinham 14,9% menos probabilidade de morrer em comparação com as pessoas sedentárias.

Os autores do estudo descobriram que cada dia de caminhada adicional em passo acelerado confere maiores benefícios e está associado a uma redução significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares. 

Já o exercício três a sete dias por semana pode conferir uma redução de 16.5% nas mortes por doenças cardiovasculares de todas as causas.

Pesquisas anteriores descobriram que o risco de mortalidade diminui quando se caminham 10 000 passos por dia para pessoas com menos de 60 anos e 8 000 para pessoas com mais de 60 anos.

Por passo acelerado entende-se caminhar cerca de 4 800 metros numa hora e o teste pode ser feito quando se consegue declamar letras de canções, mas sem as cantar. 

O ideal é caminhar durante uma hora e vinte minutos todos os dias para se atingirem os 8 000 passos.

Considerando que a falta de tempo é uma das maiores barreiras ao exercício físico na sociedade moderna as novas descobertas trouxeram informação útil no que se refere às recomendações de caminhar pelo menos duas vezes por semana para reduzir o risco de mortalidade.

Este é um dos primeiros estudos a utilizar medidas de passos diários utilizando um acelerómetro vestível durante um período de acompanhamento de 10 anos conforme referiu o médico Paul Arciero, professor no Departamento de Saúde e Ciências Fisiológicas Humanas da Faculdade de Skidmore, que não esteve envolvido no estudo.

Além disso, um estilo de vida sedentário aumenta drasticamente o risco de doenças cardiometabólicas, tais como obesidade abdominal, hipertensão, diabetes tipo 2, AVC, doenças cardíacas, e certas condições inflamatórias e cancros, segundo o Dr. Arciero.

De acordo com a Harvard Medical School, dar os passos necessários tem benefícios adicionais e menos óbvios. 

A marcha compensa o efeito dos genes promotores de peso, reduz o risco de cancro da mama, e reforça o sistema imunitário.