ESTUDO: ‘Stent’ cura lesões vasculares e repara tecido
Investigadores dos Estados Unidos da América desenvolveram um ‘stent’ coberto por exossomas que poderia evitar o estreitamento dos vasos sanguíneos reabertos e regenerar tecidos isquémicos.
A angioplastia envolve a colocação de um ‘stent’ metálico para reforçar as paredes arteriais e evitar o seu colapso quando o bloqueio das artérias é removido.
No entanto, a colocação do ‘stent’ pode causar lesões na parede dos vasos sanguíneos, o que estimula as células musculares a proliferarem e a migrarem para o local, provocando a reestenose.
Os investigadores destacaram que actualmente existem ‘stents’ revestidos com fármacos que desencorajam a proliferação celular, no entanto, estes fármacos também atrasam a cobertura do ‘stent’ pelas células endoteliais.
Como tal, os investigadores desenvolveram um revestimento de ‘sten’t composto por exossomas derivados de células estaminais mesenquimais.
Os exossomas são pequenos sacos nanométricos produzidos pela maioria dos tipos de células.
A investigação teve como objectivo usar estes exossomas visto que estes são compostos por materiais não muito diferentes das membranas celulares, ou seja, camuflam o ‘stent’ para enganar as células musculares e o sistema imunitário, promovem a cobertura do ‘stent’ pelas células endoteliais e, em caso de lesão, promovem a reparação dos tecidos.
Os investigadores afirmaram que para evitar o esgotamento prematuro da terapia, o ‘stent’ liberta exossomas quando encontra espécies reactivas de oxigénio, que são mais prevalentes durante uma resposta inflamatória.
Na investigação foram realizados testes ‘in vitro’ que mostraram que, na presença de espécies reactivas de oxigénio, os exossomas libertaram até 60% das suas secreções no prazo de 48 horas após a lesão.
Os investigadores verificaram ainda que o ‘stent’ foi menos prejudicial para a parede do vaso, teve uma melhor cobertura endotelial e os exossomas libertados promoveram a regeneração muscular em ratos com isquemia dos membros posteriores.