EUA. Anunciadas novas sanções a empresa israelita de espionagem

Os EUA anunciaram segunda-feira mais sanções contra uma empresa de software informáticos de espionagem, a Intellexa Consortium, dirigida por um antigo oficial militar israelita, que conseguem aceder a informação guardada em telemóveis.

Investigadores privados e dirigentes do governo do presidente Joe Biden adiantaram que os produtos da empresa têm sido usados em campanhas de vigilância massiva em todo o mundo, permitindo a utilizadores sem escrúpulos espiar e obter informação sensível de jornalistas, candidatos políticos e figuras da oposição.

As sanções incidem sobre cinco pessoas e uma organização com ligações à Intellexa, uma rede de empresas, baseada na Grécia, com filiais na Macedónia do Norte, Hungria, Irlanda e Ilhas Virgens Britânicas.

A empresa desenvolveu e vendeu uma série de instrumentos de ‘spyware’, designada Predator, que permite entrar em um aparelho sem ter de solicitar ao utilizador que clique em ligações ou ficheiros anexados.

O programa dá acesso à câmara e microfone, bem como qualquer data ou documento guardado no aparelho em causa.

“Os EUA não vão tolerar a propagação irresponsável de tecnologias disruptivas que ameaçam a nossa segurança nacional e atentam contra a privacidade e as liberdades civis dos nossos cidadãos”, disse Bradley T. Smith, o subsecretário do Tesouro para o terrorismo e as informações financeiras.

Várias subsidiárias da Intellexa e dois funcionários, incluindo o seu fundador, já tinham sido alvo de sanções no início do ano pelo governo de Biden. No ano passado, o Departamento do Comércio colocou a mesma e uma das suas subsidiárias em uma ‘lista negra’, negando-lhe o acesso a tecnologia dos EUA.