EUA anunciam cimeira mundial de combate à pandemia de covid-19 a 12 de Maio

Uma cimeira global sobre o combate à covid-19 e preparação para futuras ameaças à saúde está agendada para 12 de Maio, anunciou a Casa Branca. Este encontro, que se realizará virtualmente, será copresidido pelos Estados Unidos da América (EUA), Alemanha, actualmente à frente do G7, Indonésia à frente do G20, Senegal à frente da União Africana e Belize a liderar o Caricom (países das Caraíbas).


“A cimeira redobrará os nossos esforços colectivos para encerrar a fase aguda da epidemia de covid-19 e nos prepararmos para futuras ameaças relacionadas com a saúde”, afirmam os países organizadores do evento, num comunicado conjunto emitido por Washington. Esta será a segunda cimeira global sobre o novo coronavírus, que já matou mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo e causou um grande impacto na economia global, desde que começou a proliferar-se pelo mundo, em Dezembro de 2019.


O Presidente norte-americano, Joe Biden, organizou uma cimeira semelhante em 22 de Setembro de 2021, onde defendeu a vacinação a nível global. Actualmente, embora a taxa de mortalidade por covid-19 tenha diminuído significativamente em todo o mundo, a propagação do vírus, particularmente da sua variante Ómicron, está a impedir vários países de suspender as restrições, a começar pela China, onde milhões de pessoas permanecem confinadas. O Governo dos EUA, e os dos países envolvidos nesta cimeira, também querem manter a ideia de urgência perante a epidemia.


“Antes da cimeira de 12 de Maio, pedimos aos líderes mundiais, membros da sociedade civil, organizações não-governamentais e sector privado que assumam novos compromissos e forneçam soluções para imunizar a população mundial, salvar vidas agora e construir uma melhor segurança sanitária em todos os lugares do mundo”, acrescenta o comunicado conjunto.


“O surgimento e disseminação de novas variantes, como a Ómicron, reforçou a necessidade de uma estratégia de controlo da covid-19”, acrescenta a nota. Embora a variante Ómicron seja menos perigosa, mas mais contagiosa, os países organizadores desta cimeira acreditam que é essencial fazer tudo para evitar que novas catástrofes sanitárias apanhem o mundo de surpresa.


“Sabemos que devemos preparar-nos agora para construir, estabilizar e financiar a capacidade global de que precisamos, não apenas diante de variantes da covid-19, mas também diante de outras crises de saúde”, alertaram. A doença covid-19 está longe de ser endémica e ainda pode causar “grandes epidemias”, disseram autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS).


A covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul.