EUA | Crise directiva já afecta quatro associações lusas no eixo Nova Iorque-Connecticut
Por HENRIQUE MANO | News Editor
Há pelo menos quatro associações portuguesas na região de Nova Iorque e Connecticut em situação de crise directiva, pôde apurar o jornal LUSO-AMERICANO.
No Portuguese-American Cultural of the Tarrytowns, no condado nova-iorquino de Westchester, já se realizaram duas assembleias gerais com o intuito de se arranjar um elenco directivo que substitua aquele que esteve em funções em 2022, presidido por Cândida Rodrigues – sem êxito.
Por forma a resolver o problema, o Centro ficou encerrado ao público, suspendendo todas as suas actividades (à excepção da escola comunitária que funciona no seu interior, por forma a não prejudicar o andamento do actual ano lectivo).
Nesta sexta-feira, dia 27 de Janeiro, pelas 8:30 da noite, realiza-se nova Assembleia Geral, esperando-se que surja então uma solução para a crise.
Quem estiver interessado em formar direcção, poderá entrar em contacto com o número de telefone (914) 631-2233.
Não longe, no Centro Português de Ossining, também em Westchester, a colectividade encontra-se igualmente sem direcção. A presidente de 2022, Ana Martins Rodrigues, aguentou a casa durante os anos da pandemia e não pretende recandidatar-se.
“Se não aparecer nenhuma lista directiva na Assembleia Geral de sexta-feira, dia 27 de Fevereiro, seremos obrigados a encerrar o Centro”, diz Rodrigues ao jornal LUSO-AMERICANO.
O plenário de sexta-feira terá lugar nao salão nobre da colectividade, no 18 da Wallet Avenue, pelas 8:30 da noite.
Na convocatória para a A.G., o Centro acrescenta uma nota a traduzir a gravidade da situação, apelando “a todos os senhores associados que se façam presentes na reunião e que participem e ajudem a arranjar soluções para o nosso Centro. Actualmente”, pode-se ainda ler, “o nosso Centro está numa situação crítica e não tem uma direcção para dar continuidade ao ano de 2023, o que pode resultar no seu encerramento. O Centro é de todos nós e, por tal, temos direitos e obrigações.
Mais a sul, na cidade de Mount Vernon, NY, já encerrado (à semelhança do PACC de Tarrytown) está o Portuguese-American Club, onde Elizabeth Ferreira não pretende voltar a concorrer ao cargo.
As portas da sede na East Prospect Street encerraram depois de a tentativa de se arranjar elenco directivo na Assembleia Geral de 8 de Janeiro ter falhado. A colectividade volta a reunir-se em plenário dia 12 de Fevereiro, para nova tentativa de resolução da crise em Assembleia Geral Extraordinária.
O PAC também faz um apelo “ao espírito comunitário de todos os sócios e amigos no sentido de se formar uma nova direcção que garanta o funcionamento normal da nossa instituição que, como sabeis, só pode manter as portas abertas com corpos gerentes eleitos.”
Diz ainda: “se algum dos sócios estiver interessado em candidatar-se ao cargo de presidente ou apresentar uma direcção, pedimos que entrem em contacto com a Mesa através do telefone (914) 720-8705, ou com a ex-presidente, Elizabeth Ferreira, para que possamos marcar uma Assembleia antes da data de 12 de Fevereiro.”
No vizinho estado de Connecticut, e na cidade de Danbury, também o Centro Cultural Português está sem direcção – depois de o grupo capitaneado por Ana Paula Rebelo ter terminado funções.
Considerado o 2.º maior clube português na diáspora, a seguir ao de Caracas, na Venezuela, o Centro está em pleno funcionamento (garantiu a ex-presidente Ana Paula Rebelo ao jornal LUSO-AMERICANO), a ser mantido pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Tino Rodrigues, e pela Junta Fiscal.
Com vista a resolver a situação, está marcado um plenário de sócios para dia 19 de Fevereiro, domingo, onde se espera que apareça nova direcção.