EUA. Equipa de Trump começa a trabalhar com Biden solução para fim do conflito na Ucrânia
A equipa do Presidente eleito vai começar a trabalhar com a actual administração de Biden para procurar uma solução para o conflito na Ucrânia, informou Mike Waltz, futuro conselheiro de segurança da Casa Branca.
Em declarações à estação televisiva Fox News, manifestou igualmente preocupação com a actual escalada do conflito, após Biden ter autorizado há uma semana as forças ucranianas a usar armas norte-americanas de longo alcance contra a Rússia, que respondeu com um lançamento de um novo míssil balístico hipersónico contra a região de Dnipro, na Ucrânia.
Desde a eleição de 5 de Novembro, os líderes europeus têm manifestado inquietação com uma possível interrupção do apoio militar à Ucrânia e um eventual acordo com a Rússia que penalize Kiev.
“O Presidente Trump tem sido muito claro sobre a necessidade de pôr fim a este conflito. O que precisamos de discutir é quem estará à mesa, se se trata de um acordo, de um armistício, como trazer as duas partes à mesa e o que será quadro de um acordo”, afirmou o futuro conselheiro de segurança.
“É nisso que vamos trabalhar com esta administração até Janeiro e continuaremos depois”, desse Waltz, advertindo que “os adversários que pensam que esta é uma oportunidade de jogar uma administração contra a outra estão errados”.
Figuras próximas de Trump condenaram na semana passada a decisão de Biden de autorizar a Ucrânia a atacar o território russo, a que se seguiu a ameaça de Vladimir Putin, de atacar os países ocidentais envolvidos na transferência de armas para atingir o seu país.
Durante a sua campanha eleitoral, Trump mostrou-se muito céptico em relação aos milhares de milhões de dólares concedidos à Ucrânia desde o início da invasão russa em 2022 e disse repetidamente que colocaria fim rapidamente à guerra, sem especificar como.
Em relação ao Médio Oriente, o seu futuro conselheiro de segurança nacional defendeu também um acordo que “traga genuinamente estabilidade”.
Com Marco Rubio à frente da diplomacia de Washington (nomeação que ainda carece da aprovação do Congresso), Mike Waltz formará dupla de na próxima administração.
Donald Trump apresentou Waltz, eleito da Florida e antigo soldado das forças especiais, como um “especialista nas ameaças representadas pela China, Rússia, Irão e pelo terrorismo global”.