EUA. Trump impõe novas taxa aos navios de fabrico chinês que atracam em portos norte-americanos

Os proprietários e armadores de navios de fabrico chinês terão de pagar novas taxas quando atracarem nos portos dos EUA, uma medida que entrará em vigor dentro de 180 dias e cujos valores aumentarão gradualmente.

Os proprietários e operadores chineses de embarcações não fabricadas na China também serão afectados, revelou na quinta-feira o gabinete do representante comercial da Casa Branca (USTR, em inglês), em comunicado.

Estas taxas serão cobradas por visita aos Estados Unidos – e não em cada porto americano visitado – e no máximo cinco vezes por navio por ano.

O USTR também planeou uma tarifa específica para as embarcações que transportam veículos, que também entrará em vigor dentro de 180 dias, e para as que transportam gás natural liquefeito (GNL), mas cuja cobrança só começará daqui a três anos e aumentará de forma faseada ao longo de 22 anos.

“O USTR tomou hoje medidas específicas para restaurar a construção naval americana e abordar as ações, políticas e práticas irracionais da China para dominar os sectores marítimo, logístico e de construção naval”, pode ler-se, no comunicado.

O ex-presidente Joe Biden encarregou o USTR de investigar “as práticas desleais da China nos setores da construção naval, transportes e logística”.

Esta investigação foi mantida pelo seu sucessor, Donald Trump, que anunciou também no início de Março a criação de um Gabinete de Construção Naval a anexar à Casa Branca.

Dominante no final da 2.ª Guerra Mundial, a indústria naval norte-americana foi decaindo gradualmente e representa agora apenas 0,1% da construção global, agora dominada pela Ásia, com a China a construir quase metade dos navios lançados, à frente da Coreia do Sul e do Japão.

Este anúncio surge em plena guerra comercial entre Washington e Pequim.