EUROPEU DE FUTEBOL FEMININO: Um misto de experiência e juventude

Uma mistura de experiência e juventude define as 23 futebolistas portuguesas no Europeu de Inglaterra, entre 6 e 31 de Julho, com o seleccionador Francisco Neto a explicar o “processo normal” na renovação da equipa.

No grupo, 13 jogadoras, com uma média de idades próxima dos 30 (28,7), repetem a experiência no Europeu, depois de terem estado na competição em 2017, enquanto 10 futebolistas têm a sua estreia absoluta (média de 17,9).

“O que temos vindo a fazer desde sempre, e não somos só nós, acho que é transversal a todas as selecções, é, lentamente, ir alimentando as jogadoras que nós sentimos que têm competência, que têm o ADN que nós achamos que é im-portante para competir ao nível internacional e fazê-las crescer no nosso meio, quando sentimos que estão preparadas vão lá para dentro”, defendeu o treinador, em entrevista à agência Lusa.

Um processo natural que fez sair, de entre as jogadoras que disputaram a fase de apuramento, algumas atletas – casos de Cláudia Neto, que se retirou da selecção, ou Ana Leite -, e levou à entrada de outras.

No percurso, Francisco Neto tem no próximo Europeu muitas jogadoras que tiveram poucos minutos na qualificação, mas que a partir de meio de 2021, e já no apuramento para o Mundial-2023, passaram a fazer parte das soluções, até como titulares.

São os casos da lateral Catarina Amado, da central Diana Gomes, da média Andreia Jacinto ou da avançada Francisca Nazareth, que se assumiram como apostas seguras do seleccionador, discutindo, muitas vezes, a posição com as ‘veteranas’.

“Para nós, a competência não tem bilhete de identidade, e quando elas estiverem aptas, jogam. Agora, sem dúvida nenhuma, que, depois, o lado individual das jogadoras acarreta e traz sempre coisas diferentes ao jogo”, explicou.

Para Francisco Neto, a renovação começa ainda antes do tempo de jogo, o lado que é mais visível, quando as jogadoras entraram em contexto e ambiente de selecção, apesar de não terem muitos minutos de campo.

“Se calhar, uma Andreia Jacinto, uma Kika Nazareth estão a ter muitos mais minutos, no apuramento para o Campeonato do Mundo, mas no Campeonato da Europa já vieram a muitas convocatórias, como a Lúcia Alves, a Catarina Amado, como a Diana Gomes, que andou aqui muito tempo e agora tem jogado mais tempo, mas andou muito tempo sem jogar, a beber muito o que era o conhecimento da Sílvia Rebelo e da Carole”, defendeu o técnico.