EUROPEU DE FUTSAL 2022: Portugal conquista terceiro título consecutivo
A selecção portuguesa de futsal mostrou, domingo, que ‘não há duas sem três’ e sagrou-se bicampeã europeia da modalidade, na qual também é campeã mundial, ao superar a Rússia com nova reviravolta épica, por 4-2.
A Rússia chegou à vantagem com golos de Sokolov (10) e Afanasyev (13), mas Portugal, à semelhança do que sucedeu nas meias-finais, recuperou com tentos de Tomás Paçó (19), André Coelho (27 e 32) e Pany Varela (40), para revalidar o ceptro conquistado em 2018, na Eslovénia, e confirmar o posto de campeão do mundo, na Lituânia, em 2021.
Com a presença do ‘mágico’ e ‘eterno capitão’ Ricardinho nas bancadas, a selecção lusa prosseguiu a caminhada triunfal no futsal, onde desde as meias-finais do Mundial2016 que não perde um jogo oficial, tendo vencido as últimas três fases finais que disputou.
Sem surpresas no ‘cinco’ inicial luso, na Rússia destacava-se a ausência do benfiquista Robinho, que também já tinha ficado de fora das meias-finais, perante a Ucrânia, num início de jogo cauteloso por parte das duas equipas, em que uma ‘arrancada’ de Bruno Coelho, travada ‘in extremis’ pelos russos, aos quatro minutos, foi a primeira ocasião.
No entanto, a selecção de Sergey Skorovich apresentou-se melhor nos minutos iniciais e, já depois de tentativas de Antoshkin e Abramov, chegou ao primeiro golo da partida, aos 10, por Sokolov, com uma grande recepção à entrada da área e, em rotação, bateu o guarda-redes André Sousa, com a bola a sofrer um pequeno desvio em Pany Varela.
Jorge Braz: ‘Temos muito orgulho no que fazemos’
No final do jogo, Jorge Braz, seleccionador de Portugal, inquirido sobre o segredo para a vitória, afirmou: “Sermos nós. Desfrutar. Sermos nós. Ter muito orgulho no que fazemos. Tem sido uma felicidade tão grande, tão grande estar com esta malta desde o início da preparação que tínhamos de terminar como vivemos os dias todos. Foi isso. Ser Portugal e ter muito orgulho no que fazemos. Ter muito orgulho em Portugal e no nosso futsal e no nosso desporto. Quando acreditamos, somos felizes.”
“Fomos felizes todos os dias juntos aqui. Disse várias vezes eu estava de alma cheia. Tinha de terminar de alma cheia. A eles faltava-lhes acreditar um bocadinho nessa alma para lá chegar. Fantásticos. Foi só isso: ser Portugal”, prosseguiu.
“Hoje foi mais difícil. A Rússia complicou muito. Tem muita qualidade. É uma selecção de topo mundial com enorme qualidade. Sabíamos que ia ser difícil, mas como tem todos os momentos difíceis eu só chego ao topo da montanha se acreditar em mim. Se olhar para a pedra que falta ou a pega demão que não existe. Tenho de olhar para mim. E, mais uma vez, foi olharmos para nós”, disse ainda.