Ex-advogado admite ter roubado 30 mil dólares a Trump

Michael Cohen, conhecido por ter sido advogado e braço direito do ex-presidente norte-americano, foi interrogado terça-feira pelo terceiro dia, durante o julgamento do criminal do magnata republicano em Nova Iorque. Perante as perguntas do procurador reconheceu que se sentiu mal pago pelos serviços prestados, tendo roubado 30 mil dólares à empresa Trump Organization.

“Fiquei irritado com a redução do meu bónus, por isso senti que era quase como uma auto ajuda”, justificou em declarações que podem agora contribuir para prejudicar a sua credibilidade.

Na semana passada, Cohen testemunhou que Trump o ordenou a pagar 130 mil dólares para silenciar, durante a campanha presidencial de 2016, Stormy Daniels, pelo suposto caso que tiveram em 2006. Detalhou que Trump o reembolsou mais tarde pelas suas despesas.

O antigo braço direito de Trump contou ainda como, com a permissão do mesmo, fez um pagamento à RedFinch, empresa contratada para manipular uma sondagem online sobre os empresários mais proeminentes do século, para que o republicano aparecesse no ‘Top 10’.

Foi aqui que, explicando à defesa, roubou a Trump Organization, que por ordem do republicano deveria dar à RedFinch 50 mil dólares, mas à qual Cohen apenas pagou 20 mil e ficou com o resto.

Trump está a ser julgado por 34 falsificações de documentos contabilístico alegadamente usados para ocultar pagamentos de um escândalo sexual.