Ex-estratega de Trump testemunhou à porta fechada sobre assalto ao Capitólio

O ex-estratega e ainda aliado de Donald Trump, Steve Bannon, testemunhou à porta fechada na comissão parlamentar que investiga o assalto ao Capitólio, nove meses depois de ter rejeitado a intimação feita pelo Congresso. 

O “volte-face” aconteceu dias antes de Bannon ir a julgamento por desobediência criminal à intimação para testemunhar e apresentar documentação. Em caso de condenação, o ex-conselheiro de Trump arrisca dois anos de prisão e multa até 200 mil dólares.

Num email enviado à comissão parlamentar, o advogado de Bannon, Robert Costello, disse que o seu cliente não modificou a sua postura nem convicções, mas as circunstâncias mudaram porque Trump deixou de impor o “privilégio executivo” que até agora invocara para justificar a não comparência. 

Costello disse que Bannon “preferiu testemunhar na audiência pública” da comissão parlamentar, transmitida na terça-feira, dia 12, à 1:00 PM de Washington, D.C.

Estará também a ser preparada uma audiência para quinta-feira, dia 14, no horário nobre.

A produção das primeiras seis audiências públicas foi muito cuidadosa e sistemática, evitando interrogatórios hostis e trocas contenciosas de argumentos.

Steve Bannon, que esteve envolvido na estratégia para tentar manter Trump na Casa Branca após a derrota em 2020, ainda é um aliado do ex-presidente. A sua mudança de posição está a ser vista como uma tentativa de mitigar as consequências de desobedecer à intimação.