Faleceu o nosso colega Joaquim Martins, correspondente do sul de New Jersey

Joaquim Martins, figura incontornável do jornalismo comunitário ao serviço do Luso Americano há mais de quarenta anos faleceu ontem, segunda- feira, vítima de doença do foro oncológico.

Nascido em 1942 na bonita região das Caldas da Rainha, Joaquim Martins era casado com Libânia Martins, pai de Mário, Carlos e Ana Martins e avô de Chloe. Em Portugal, Joaquim Martins frequentou o Instituto Superior Técnico onde estudou Engenharia Mecânica.

A família, um dos grandes pilares de Jack Martins, deu-lhe a oportunidade de vir para os Estados Unidos, onde começou a sua vida como imigrante de sucesso num país acolhedor e que muito preza, sem nunca esquecer o torrão à beira mar plantado onde nasceu. Em 1978 começou a trabalhar na General Motors onde permaneceu por 30 anos, até 2008, quando se reformou.

O jornalismo sempre foi uma paixão e Martins começou no mesmo ano de 1978 uma carreira no maior bissemanário de língua portuguesa no mundo – o Luso Americano, cargo onde até ontem se manteve e onde semanalmente descreveu de forma profissional e atenta as notícias da comunidade portuguesa do Sul de New Jersey e do condado de Union. Pelo meio Jack Martins foi sempre uma referência e colaborou com outros Jornais e revistas que na diáspora orgulhosamente dignificaram a língua de Camões.

O envolvimento comunitário sempre foi um objectivo e Jack Martins tornou-se um exemplo para toda a comunidade com participação activa em importantes clubes e organizações da nossa comunidade como o Clube Português de Perth Amboy, o PISC, a Associação Caldense e tantas outras associações que receberam a colaboração de Martins sempre debaixo de uma máxima- enaltecer os valores da cultura, língua e tradições portuguesas nos Estados Unidos da América.

Para além do seu envolvimento como jornalista na vida de clubes e associações, Martins desempenhou cargos associativos nas áreas de relações públicas ao longo de décadas, sendo também crucial o seu envolvimento com organizações que elevaram a presença de Portugal no mundo, como as organizações do dia de Portugal, organizações de cariz filantrópico e múltiplas actividades consulares e de cidadania.

A forma como semanalmente nos apresentava as notícias da comunidade foram mais de um cartão de visita, tornaram-se um hábito e um pouco de Portugal numa terra que Martins também aprendeu a reconhecer como sua.

É sempre bom, porém, realçar o Martins do dia a dia, como referiu um dos máximos dirigentes associativos da nossa praça , “O senhor Martins não era só o jornalista, a figura conhecida, era também o homem com H grande que na hora de arregaçar as mangas não virava a cara ao trabalho, não virava a cara a uma luta por uma causa, por um serviço comunitário”.

Joaquim Martins foi um exemplo que personificou na integra o significado de um “Grande Homem”, um homem que viveu, sentiu e vibrou com a sua comunidade, sempre com os mais altos valores de lealdade, trabalho e determinação presentes, num exemplo de virtuosismo só ao alcance de alguns.

Toda a equipa do LUSO-AMERICANO, neste momento de dor associa-se a todos os familiares de Joaquim Martins, à sua esposa, aos seus filhos e neta, que nesta hora de dor sofrem com a sua partida.

Até sempre grande amigo.