FC PORTO: Pressão alta impiedosa esmagou madeirenses
O campeão nacional FC Porto revelou, sábado, uma impiedosa pressão alta para castigar diversas saídas de bola infrutíferas do Marítimo junto à sua área, estreando-se com uma goleada, por 5-1, na edição 2022/ 23 da I Liga de futebol.
No Estádio do Dragão, no Porto, os ‘azuis e brancos’ começaram a luta por um inaudito ‘bi’ na ‘era’ Sérgio Conceição com golos do iraniano Mehdi Taremi, aos 12 e 42 minutos, do brasileiro Evanilson, aos 40, e dos espanhóis Iván Marcano, aos 68, e Toni Martínez, aos 76, numa partida fechada com o único tento madeirense, de Cláudio Winck, aos 88.
Jorge Nuno Pinto da Costa alcançou a marca histórica dos 2.000 encontros em todas as provas desde que foi empossado pela primeira vez como 33.º presidente da história dos ‘dragões’, em 23 de abril de 1982, contando agora 1.358 vitórias, 361 empates e 281 derrotas, que levaram à conquista de 67 títulos – sete internacionais e 60 a nível interno.
O FC Porto juntou-se ao quarteto de líderes do campeonato formado por Benfica, Estoril Praia e Vizela, uma semana depois da 23.ª conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, enquanto o Marítimo segue com Arouca, Famalicão e Rio Ave no fundo da classificação.
Marko Grujiç e Evanilson tinham treinado condicionados ao longo da semana, mas foram titulares no FC Porto, que repetiu o ‘onze’ da decisão do primeiro troféu da época, com excepção da baliza, onde Diogo Costa substituiu Marchesín, que rumou ao Celta de Vigo.
Sérgio Conceição voltou a colmatar a ausência de Otávio com um meio-campo disposto em losango, onde Danny Loader surgia no vértice mais ofensivo, mas até viu o FC Porto sofrer com o atrevimento madrugador do Marítimo, que também começou sem reforços.
‘Entendemos bem os momentos diferentes do jogo’
No final do jogo, Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, afirmou: “O Tondela defendeu em bloco baixo e não foi por aí que não criámos. É uma falsa ideia dizer que agora o FC Porto é mais musculado. O FC Porto sempre teve este princípio de ser uma equipa pressionante, que permite pouco aos adversários, que faz essa busca constante da bola.”
“Não é por acaso, nos últimos anos, salvo erro, só num é que não fomos a equipa com mais posse e olharam sempre para o FC Porto como uma equipa vertical, que quer chegar rápido à baliza. Nós entendemos bem os momentos diferentes do jogo, sabemos chegar por dentro, por fora, em ataque organizado e rápido, contra-ataque. Acho que olham para todos esses momentos e por vezes focam-se mais nesta forma, estes princípios que saltam mais à vista, que é o quê? A pressão alta, erros do adversário, porque forçámos. Fazemos os golos que fazemos, mas também há golos fantásticos e situações que criámos hoje em que chegámos de várias formas”, disse ainda.