FC PORTO: Villas-Boas vai anular protocolo com Super Dragões

Uma das primeiras decisões a adoptar por André Villas-Boas, depois de assumir o comando da SAD do FC Porto a 28 de Maio, será a denúncia do protocolo actual com a claque Super Dragões. 

Os termos da relação serão amplamente revistos num contrato posterior a definir, confirmou o jornal online ‘Zerozero’. 

Os Super Dragões assinaram a 30 de Setembro de 2023 dois acordos com o FC Porto, um com o clube e outro com a SAD. 

Ambos expiram a 30 de Junho e serão denunciados até 31 de Maio pela direcção de Villas-Boas. 

Ou seja, um mês antes do seu final, tal como está contratualmente previsto.  

As informações recolhidas pelo novo elenco, agudizadas através da Operação Bilhete Dourado, tornam completamente inviável a continuação dos actuais termos de cooperação entre as partes. 

Apesar disso, o recém-empossado presidente do FC Porto reconhece a importância dos grupos organizados de adeptos e pretende contemplar uma nova ligação, radicalmente distinta da actual.

Importa referir que a segunda maior claque portista [Colectivo Ultras 95] não é abrangida nesta altura por qualquer protocolo formal com o clube.  

Ao longo da campanha para as eleições de 27 de Abril, André Vil-las-Boas vincou sempre a necessidade de rever e analisar estes contratos. 

Os graves problemas identificados pela Justiça apenas vieram confirmar os piores receios do antigo treinador e obrigá-lo, assim, a adoptar medidas que não desrespeitem e não secundarizem, acima de tudo, o sócio comum.  

As palavras de André Villas-Boas ao longo dos últimos meses, no que diz respeito à bilhética e à relação com as claques, foram sempre contundentes. 

O dirigente prometeu vir a ser “implacável” com todos quantos tenham lesado o clube.

“Temos o estádio mais cheio, em termos de taxa de ocupação, mas menos dinheiro a entrar nos cofres do clube. Tenho de encontrar os responsáveis e as razões para esta perda”, referiu numa das várias acções de campanha o presidente do FC Porto.

A Operação Bilhete Dourado, desencadeada no passado sábado, fez 13 arguidos e apreendeu quase 50 mil euros e quatro mil bilhetes para jogos do FC Porto.