Feira do Fumeiro de Montalegre tem 70 toneladas de enchidos para vender
Os produtores da Feira do Fumeiro de Montalegre, que se realiza entre os dias 23 e 26, estimam vender 70 toneladas de enchidos, num volume de negócios superior a três milhões de euros, avançou recentemente o presidente da Câmara.
Orlando Alves frisou à agência Lusa que, à semelhança dos anos anteriores, os preços do fumeiro mantêm-se inalteráveis porque existe já um público “fiel”.
Na opinião do autarca, a “rainha das feiras do fumeiro”, agora em 23.ª edição, foi uma aposta ganha do município porque é um importante contributo para a riqueza da região e das famílias da vila transmontana.
“Os restaurantes e hotéis ficam lotados nesses dias”, realçou.
Devido ao aumento dos custos de produção, a autarquia decidiu não cobrar aos expositores o preço pela ocupação do espaço.
Contudo, os produtores que apresentarem enchidos que não cumpram os requisitos quanto ao aspecto terão de pagar o pavilhão como “penalização”.
Orlando Alves explicou que é feito um acompanhamento “muito rigoroso” à alimentação e à matança dos suínos, bem como à produção de derivados para garantir a sua genuinidade.
“Já excluímos alguns produtores por não serem cumpridores das regras e é altamente pedagógico porque as pessoas ganham a noção de que há quem supervisiona”, frisou.
Com a particularidade de só vender produtos da região, o autarca realçou que, apesar das solicitações, não participam no certame queijos, vinhos e artesanato de outras terras.
Ao longo das estradas, informou o presidente, irão estar, pela primeira vez, produtores hortícolas.
Esperando receber entre 70 a 80 mil visitantes, Orlando Alves garantiu que há já problemas de logística para acolher tantas pessoas.
Com 124 produtores inscritos, 77 de fumeiro, a feira conta com 70.000 quilos de fumeiro, de um total de 922 porcos.
“Tem havido um aumento do número de produtores, que são cada vez mais jovens, porque se aperceberam que a região tem potencialidades e o sector é uma saída para o desemprego”, disse.
A Câmara investiu 70 mil euros no certame, menos 30 mil do que o ano passado, a pensar nos produtores que trabalham o ano inteiro para escoar os seus produtos nestes dias.