Portugal: Fenprof acusa António Costa de ter “ódio de estimação” pelos professores
O secretário-geral da Fenprof acusou terça-feira (3) António Costa de ter um “ódio de estimação” pelos docentes e de ter dado, na segunda-feira (2), “razões acrescidas aos professores para continuarem a lutar” pela recuperação do tempo de serviço. Mário Nogueira reagia às declarações do primeiro-ministro que, na segunda-feira (2) à noite em entrevista à CNN e TVI, voltou a recusar a recuperação integral do tempo de serviço congelado.
“O Dr. António Costa deu razões acrescidas para continuar a lutar”, afirmou o dirigente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), que participou num protesto junto à residência oficial do primeiro-ministro, onde a plataforma de 9 estruturas sindicais deixou uma moção exigindo medidas como a recuperação integral do tempo de serviço.
O líder da Fenprof acusou o primeiro-ministro de “não ter dito a verdade”, lembrando que a maioria das carreiras da função pública conseguiu ver todo o tempo de serviço recuperado e, dentro da própria classe docente, existem desigualdades, uma vez que os professores das ilhas dos Açores e da Madeira também conseguiram ver todo o tempo de serviço contabilizado.
Nogueira lembrou ainda que o custo da medida é hoje muito inferior aos valores avançados há cerca de 5 anos, quando o parlamento se preparava para aprovar a recuperação integral do tempo de serviço, que não passou devido à oposição dos deputados do PS e PSD.