Governo da Madeira quer região com cobertura total de médico de família em 2024
O Governo da Madeira pretende atingir este ano 100% de utentes com médico de família nos centros de saúde e vai refletir sobre a forma de tornar o sistema regional mais atractivo para novos profissionais.
“Mantivemos este ano apenas as 40 vagas que tivemos em 2023. Tínhamos pedido 66 vagas. É preciso refletir sobre o que precisamos fazer para [o Sistema Regional de Saúde da Madeira] ser mais apelativos a novos médicos”, disse o secretário da Saúde madeirense na cerimónia de recepção de 80 internos. Dezasseis das vagas atribuídas à Madeira para a formação específica pela Administração Central do Sistema de Saúde não foram preenchidas. Pedro Ramos salientou que a cobertura actual de utentes com médico de família na região é na ordem dos 95%, sendo o objectivo do executivo madeirense, assegurar “100% este ano”. Os dados indicam que, entre 2018 e 2023, 174 médicos escolheram o Serviço Regional de Saúde (SRS) para realizar a formação médica especializada, 62 dos quais em Medicina Geral e Familiar, o que tem permitido “o reforço gradual dos cuidados primários na região”.
Pedro Ramos referiu ainda que a Madeira procedeu ao “reconhecimento de todas as carreiras” na saúde e mantém uma “relação de diálogo” com as estruturas sindicais ligadas ao sector. Quarenta dos médicos internos iniciam agora a formação específica, em 23 especialidades, variando a duração entre os quatro e os seis anos, sendo para os restantes de um ano. O governante apontou que muitos terão como “desafio final” passar a trabalhar no novo Hospital Central e Universitário da Madeira, que está a ser construído em Santa Rita. Pedro Ramos destacou, por outro lado, a evolução do Sistema Regional de Saúde ao longo das últimas décadas, realçando que já “não é só para residentes e visitantes”.