GREVE DA GROUNDFORCE Passageiros com voos cancelados no aeroporto de Lisboa queixam-se de falta de informação
Várias centenas de passageiros com voos cancelados devido à greve da Groundforce, em filas, ou sentadas no chão do aeroporto de Lisboa, queixam-se de falta de informação das companhias aéreas e aguardam uma solução.
A confusão é perceptível assim que se chega às imediações do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com várias pessoas em fila nas diversas entradas do edifício, muitas delas com voos cancelados, mas que decidiram, ainda assim, deslocar-se à Portela, apesar dos apelos da ANA — Aeroportos para que não o façam.
Já lá dentro, o cenário agrava-se, com centenas de pessoas em fila, na expectativa de chegar aos balcões das companhias aéreas, e outras que decidiram sentar-se ou deitar-se no chão do aeroporto, onde aguardam por outro voo.
Este sábado o primeiro dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias” que os trabalhadores da Groundforce enfrentam desde Fevereiro de 2021.
Pelas 13h30, o número de voos de e para o aeroporto de Lisboa cancelados na sequência da greve da Groundforce era de 166, segundo a ANA. “Está muita confusão, todo o mundo junto, em época de Covid não era nem para estar esta multidão toda, sem nenhuma informação”, disse Cátia à Lusa, numa das filas à porta do aeroporto.
Devido à elevada afluência de passageiros, a ANA, gestora do aeroporto de Lisboa, decidiu proibir a entrada de pessoas que já tenham voos cancelados, fazendo a triagem nas entradas do edifício. “Isto aqui vai demorar muito, muito tempo sem nenhuma perspectiva de resolução. “isto é um absurdo”, lamentou Cátia, que disse, pela hora de almoço, estar no aeroporto há várias horas, sem conseguir obter qualquer informação por parte da companhia aérea.
Também Carla Vale, que chegou com os dois filhos ao aeroporto às 6h30, na expectativa de ir passar uma semana de férias a Amesterdão, nos Países Baixos, lamentou ter sabido do cancelamento do seu voo pelos ecrãs espalhados pelo aeroporto.
“Nós, quando vimos que o voo estava cancelado, nas televisões, dirigimo-nos à porta de embarque, para ver se estava lá alguém da TAP, para dar algum tipo de explicação e não estava lá ninguém, portanto não houve explicação nenhuma e, como vê, está uma fila deste tamanho, nem sei quando é que as pessoas vão sair daqui”, disse à Lusa.
“O teste vai acabar o prazo daqui a bocado, agora tenho de informar-me quando é que vou fazer o outro teste. Tenho de pagar 100 euros, já tinha pago 100 euros e agora vou ter de pagar outros 100. Quem é que se responsabiliza