Guns N’ Roses em Portugal – Três horas de puro rock e homenagem ao “povo corajoso da Ucrânia”
No primeiro concerto que deram este ano, os Guns N’ Roses trouxeram ao Passeio Marítimo de Algés, onde haviam tocado em 2017, um espectáculo longo, generoso e marcado por várias surpresas. Ao contrário do que se poderia esperar, o alinhamento foi marcadamente diferente daquele que apresentaram nos Estados Unidos.
Os milhares de fãs (organização esperava 45 mil espectadores) não arredaram pé, acompanhando a extensa jornada dos Guns N ‘ Roses pela sua discografia e pela história do rock, através de versões de Stooges ou AC/DC, tudo “servido” com uma série de vídeos a condizer, num palco ladeado por duas bandeiras da Ucrânia, a cujo povo Axl Rose faria uma dedicatória. A festa começou, oficialmente, pelas 20h55, ou seja, 25 minutos depois da hora marcada, com a chegada de Axl Rose, Slash e Duff McKagan (os três sobreviventes da formação original), acompanhados por Richard Fortus (guitarra), Frank Ferrer (bateria) e Dizzy Reed e Melissa Reese (ambos nas teclas).
Quando os ecrãs gigantes levaram até à imensa plateia espalhada à beira-rio as imagens destes super-heróis do rock, os gritos de quem escolheu as suas melhores t-shirts de Guns N’ Roses, Iron Maiden ou AC/DC para rumar a Algés não se fizeram esperar, aproximando-se do registo agudo que Axl Rose já não tenta atingir.
O regresso dos veteranos para aquele que foi o seu quinto concerto em Portugal, desde a longínqua (e atribulada) estreia em 1992, no Estádio de Alvalade, em Lisboa.