Hamas recusa-se a libertar reféns até que fogo seja cessado em Gaza
O movimento islamita Hamas recusa libertar os civis que raptou em Israel até haver um cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza, declarou um representante do grupo visitou Moscovo.
Abu Hamid afirmou que o Hamas manifestou a intenção de libertar “prisioneiros civis” desde os primeiros dias desta guerra, mas precisa de algum tempo para encontrar todos os reféns que foram levados para a Faixa de Gaza a 7 de Outubro.
“Centenas de cidadãos e dezenas de combatentes de várias fracções palestinianas entraram nos territórios ocupados em 1948 e capturaram dezenas de pessoas, a maioria destas civis, e precisamos de tempo para encontrá-los na Faixa de Gaza e os libertar”, afirmou.
O representante do Hamas disse ainda que durante a sua visita a Moscovo apresentou “aos amigos russos as razões do ataque de 7 de Outubro”, em que militantes do grupo assassinaram 1.400 pessoas em Israel, a maioria civis, e raptaram mais de 200.
“A Federação Russa é um país amigo do povo palestiniano e mantém relações com todos os representantes do povo palestiniano. Estamos sempre prontos para consultá-los sobre vários assuntos”, acrescentou.
Na reunião, a Rússia exigiu que o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, liberte imediatmente os estrangeiros raptados na Faixa de Gaza.
O Exército israelita elevou esta sexta-feira para 229 o número de reféns ainda detidos pelo Hamas e outras milícias na Faixa de Gaza.
Na semana passada, Abu Obeida disse que havia um total de 250 reféns: 200 detidos pelas Brigadas de Qasam e 50 detidos por outras milícias palestinianas.