HOSPITAIS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA: Operados oito doentes com cirurgia robótica

Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) realizaram, nos últimos dias, as primeiras oito cirurgias com recurso a um sistema de robótica, que permite que os procedimentos sejam “menos invasivos e mais precisos”.

“É um sistema que permite procedimentos minimamente invasivos, melhorando a precisão cirúrgica e reduzindo a recuperação dos doentes”, revelou o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, Alexandre Lourenço.

Durante a apresentação do Programa de Cirurgia Robótica HUC, Alexandre Lourenço informou que as primeiras duas cirurgias com recurso a robótica foram realizadas na sexta-feira, na área da urologia. Na quarta-feira foram realizadas mais duas em cirurgia geral e ontem outras três na ginecologia.

Segundo o presidente da ULS de Coimbra, o programa de cirurgia robótica é “uma ambição muito grande da instituição há vários anos”, tendo a aquisição do sistema Da Vinci Xi representado um investimento de dois milhões de euros, acrescidos de consumíveis cirúrgicos para 2024 num valor superior a um milhão de euros.

As áreas cirúrgicas que estão abrangidas pelo programa de cirurgia robótica são a urologia, cirurgia geral, ginecologia, ortopedia e neurocirurgia.

“O sistema Da Vinci foi colocado nas instalações em Maio, as equipas estiveram em formação e estamos a falar de um impacto na urologia, cirurgia geral e ginecologia. Para além de tudo, é um equipamento topo de gama, que tem um modo adicional de aprendizagem, com impacto na formação pré e pós-graduada”, referiu.

Já o director do Serviço de Urologia, Arnaldo Figueiredo, onde tiveram lugar as duas primeiras intervenções com recurso a este sistema de cirurgia robótica, informou que as cirurgias “decorreram sem a mínima perturbação e complicação”.

“Podemos afirmar que foram um sucesso”, sustentou, evidenciando “as vantagens reconhecidas” desta prática, embora garanta que não se trata “de uma revolução no sentido de alterar aquilo que são os fundamentos da prática cirúrgica da prática médica”.

No seu entender, as peças fundamentais nesta cirurgia continuam a ser o cirurgião, anestesista, enfermeiro e outros envolvidos, que continuam a determinar o que é feito, mas há ganhos “em termos de menor invisibilidade e de menor fineza nos gestos”.