INVESTIGAÇÃO: Maioria das pessoas são vulneráveis à diabetes tipo 2
Investigadores norte-americanos descobriram que a insulina estagnou na sua evolução, limitando a sua capacidade de se adaptar à obesidade e tornando assim a maioria das pessoas vulneráveis à diabetes tipo 2.
A investigação determinou que a sequência de insulina se enraizou no limite da sua produção defeituosa, uma vulnerabilidade intrínseca desmascarada por mutações raras no gene da insulina que causa a diabetes na infância.
A insulina é produzida por uma série de processos específicos que ocorrem nas chamadas células beta. Um passo fundamental neste processo é a dobragem de um precursor biossintético, chamado pró-insulina, para alcançar a estrutura tridimensional funcional da hormona.
Os investigadores procuraram determinar se a evolução da insulina em vertebrados tinha estagnado, para isto, estes examinaram uma mutação subtil na insulina humana em relação às insulinas de outros animais.
A investigação mostrou que a insulina humana mutante funciona dentro da gama de variação natural entre insulinas animais, e, no entanto, esta mutação foi excluída pela evolução.
O motivo para isto é que a mutação negada bloqueia selectivamente a dobragem da pró-insulina e coloca as células beta em stress.
A investigação mostrou ainda que mesmo a mais pequena variação do processo de sequência de insulina não só prejudica a dobragem da insulina, e eventual secreção da mesma, como também induz stress celular que leva à disfunção das células beta e subsequentemente a danos permanentes.
Os investigadores concluíram que esta descoberta proporciona informação para melhor compreender o desenvolvimento crescente da diabetes tipo 2 em adultos e crianças.