Israel diz que ouve os Estados Unidos mas toma as suas decisões próprias sobre ataque ao Irão
O primeiro-ministro israelita afirmou, em comunicado, que ouve os EUA mas que vai tomar as suas próprias decisões sobre um possível ataque ao Irão, informou o jornal Washington Post.
De acordo com o mesmo jornal, Netanyahu disse à administração do Presidente Biden, durante uma chamada telefónica na quarta-feira passada, que tencionava atacar as instalações militares do Irão em vez de alvos petrolíferos ou nucleares.
A ação de retaliação seria avaliada de forma a evitar a percepção de “interferência política nas eleições dos EUA”, afirmou o diário, de acordo com fontes, indicando que Netanyahu compreende que o alcance do ataque poderia influenciar as presidenciais de 5 de Novembro.
Um ataque israelita às instalações petrolíferas iranianas poderia fazer disparar os preços da energia, com um impacto direto nos consumidores norte-americanos, enquanto uma ofensiva contra o programa nuclear do país poderia desencadear uma guerra directa entre Israel e o Irão, obrigando os EUA a intervirem, acrescentou o jornal.
O plano de Netanyahu de atacar alvos militar e foi recebido com alívio em Washington, segundo o Post.
Há vários dias que os Estados Unidos dialogam com Israel sobre uma possível resposta, uma vez que Washington espera poder intervir para garantir que esta seja proporcional e não se transforme numa guerra regional com um impacto directo nas eleições.