Janet Yellen: Estados Unidos “não hesitarão” em reforçar sanções ao Irão

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, advertiu esta terça-feira, num discurso do qual foram divulgados previamente excertos, que Washington “não hesitará” em, juntamente com os seus aliados, reforçar as sanções ao Irão após o ataque a Israel.

“O (Departamento do) Tesouro não hesitará em trabalhar com os nossos aliados para usar o nosso poder de sanções para continuar a perturbar as actividades malignas e destabilizadoras do regime iraniano”, avisa a responsável da Economia e das Finanças.

Falando a abrir uma conferência de imprensa no dia em que se iniciaram as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Janet Yellen, sublinhou que “as ações do Irão ameaçam a estabilidade da região e poderão ter repercussões económicas”.

Desde a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em Janeiro de 2021, que os EUA visaram “mais de 500 pessoas e entidades ligadas ao terrorismo e ao financiamento do terrorismo pelo regime iraniano” e os vários movimentos a ele ligados na região, indicou a responsável.

Os seus alvos foram, em particular, “os programas de drones e de mísseis do Irão e o seu financiamento do (movimento islamita palestianiano) Hamas, dos (rebeldes iemenitas) Huthis, do (grupo xiita libanês) Hezbollah e de milícias iraquianas”, precisou.

Yellen insistiu que as sanções importas ao Hamas não devem impedir a ajuda humanitária de chegar aos habitantes da Faixa de Gaza, assegurando que o Tesouro procedeu de forma a “garantir que as sanções não criam entraves à ajuda vital”.

Além disso, tal como anunciado na segunda-feira por um responsável do Departamento do Tesouro, Washington tenciona aproveitar as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial para armar e reconstruir a Ucrânia, a braços com uma invasão militar russa desde Fevereiro de 2022.

“Continuamos a trabalhar com os nossos parceiros internacionais para desbloquear o valor económico dos bens soberanos russos congelados e garantir que a Rússia paga pelos danos que causou”, disse Janet Yellen.