Jenna Ellis é o quarto réu a declarar-se culpado
Jenna Ellis foi o quarto réu no caso a entrar em acordo com os procuradores. A voz proeminente na campanha para a reeleição do ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, nas últimas presidenciais dos Estados Unidos, foi acusada, a par do ex-chefe de Estado republicano e de 17 outras pessoas, de violar a lei anti-extorsão do estado da Geórgia.
Ellis, 38 anos, declarou-se culpada de um crime de cumplicidade em declarações e escritos falsos. Tinha sido acusada de violar a lei da Geórgia (relativa às organizações corruptas e influentes, conhecida como RICO), e de tentar a violação do juramento de um funcionário público, ambos crimes.
Ao declarar-se culpada, afirmou em lágrimas que não teria representado Trump após a eleição de 2020 se soubesse o que sabe agora, alegando que tinha confiado em advogados com muito mais experiência do que ela e não tinha conseguido verificar coisas que lhe disseram.
A confissão de culpa surge poucos dias depois de dois outros arguidos, os advogados Sidney Powell e Kenneth Chesebro, se terem declarado culpados, elevando para três as pessoas de renome, responsáveis por promover
ações judiciais infundadas contra a vitória eleitoral do democrata Joe Biden em 2020.
Todos escolheram não prosseguir o julgamento e enfrentarem um júri. Um quarto arguido menos conhecido declarou-se culpado no mês passado.
Jenna Ellis foi condenada a cinco anos de liberdade condicional e ao pagamento de 5.000 dólares (cerca de 4.721 euros) de indemnização. Para além disso, é obrigada a cumprir 100 horas de serviço comunitário, e a escrever uma carta de desculpas ao povo da Geórgia.
Por fim, é obrigada a testemunhar sinceramente em julgamentos futuros relacionados com este caso.