Joe Biden permanece “em absoluto” na corrida

Perante tantos pedidos de afastamento na corrida à Casa Branca, Joe Biden continua a mostra-se resistente, dizendo que permanece “em absoluto”. Só um problema médico diagnosticado o faria recuar com a sua candidatura.

Várias pessoas próximas a si disseram, esta quinta-feira, que este tinha começado a aceitar a ideia de se afastar da corrida. A notícia tinha sido avançada pelo The New York Times, que acrescentava ainda que não seria uma surpresa se Joe Biden fizesse um anúncio em breve a apoiar a vice-presidente, Kamala Harris, como sua substituta.

Lembre-se que os pedidos para este desistir começaram logo após o seu debate contra Donald Trump, mas intensificaram-se na semana passada.

Através de uma chamada telefónica, Nancy Pelosi terá recorrido a sondagens para dizer a Biden que não tem hipóteses de vencer e se insistir em ir até ao fim, iria deitar por terra as hipóteses de o partido democrata reconquistar a maioria da Câmara Baixa do Congresso.

Também Barack Obama considerou que as hipóteses de Joe Biden ser reeleito diminuíram, tendo partilhado com aliados democratas próximos que Biden devia avaliar a viabilidade da sua recandidatura.

A posição do antigo presidente terá sido “transmitida” no seio democrata nos últimos dias, mas este tem vindo a deixar claro que a decisão de sair da corrida à presidência deve ser tomada pelo próprio.

A CNN Internacional referiu que várias pessoas dentro da Casa Branca revelaram que existe agora uma “aceitação generalizada” de que Biden permanecer na corrida é totalmente insustentável.

“As próximas 72 horas serão importantes”, disse um governador democrata, revelando que Biden está cada vez mais “isolado” e que o seu círculo próximo está cada vez mais “reduzido”.

No entanto, foi agora revelado pela sua directora de campanha, Jen O’Malley Dillon, em entrevista à cadeia televisiva MSNBC, que “Joe Biden está mais determinado que nunca a enfrentar Donald Trump”.

“Já escutaram vezes sem conta da boca do Presidente: apresenta-se para ganhar, é o nosso candidato, e vai ser o nosso Presidente para um segundo mandato”, insistiu.

Mesmo assim, a mesma responsável reconheceu que as últimas semanas foram difíceis para a equipa de campanha de Biden.

“Verificamos, é certo, alguma diminuição de apoio, mas é um movimento de pequena amplitude”, disse.