JOGOS PARALÍMPICOS: Portugal saiu de Paris com sete medalhas

Portugal saiu dos Jogos Paralímpicos Paris2004 com sete medalhas e outros 18 diplomas, resultado que iguala o de Pequim2008, conseguidas pela segunda comitiva mais pequena de sempre.

Apesar de os resultados igualarem os conseguidos há 16 anos, é preciso recuar até Atenas2004 para encontrar uma edição com duas medalhas de ouro, tal como aconteceu em Paris2024, com Miguel Monteiro e Cristina Gonçalves a sagrarem-se campeões paralímpicos do lançamento do peso F40 e de boccia da classe BC2, respectivamente.

Com uma comitiva de 27 atletas, a mais pequena desde os Jogos Seul1988, Portugal juntou aos dois ouros, uma prata – conseguida por Sandro Baessa nos 1.500 metros T20 (deficiência visual) – e quatro bronzes.

Diogo Cancela voltou a levar a natação portuguesa a um pódio paralímpico, 16 anos depois de Pequim, conseguindo o bronze nos 200 metros estilos SM8, juntando-se a Djibrilo Iafa, que deu o primeira medalha ao judo paralímpico com o bronze no torneio de -73 kg para cegos totais, a Carolina Duarte, terceira nos 400 metros T13 (deficiência visual), e ao ciclista Luís Costa no contrarrelógio H5 também conseguiram o mesmo metal.

No atletismo, aos três lugares de pódio juntam-se as presenças em finais de Ana Filipe, sétima no salto em comprimento T20, e de Mamudo Baldé, que terminou em quinto lugar com novo recorde nacional a prova dos 100 metros T54, para atletas em cadeira de rodas.

No boccia, Paris2024 marcou o regresso de Portugal aos pódios paralímpicos, depois de a modalidade ter ficado ’em branco’ em Tóquio2020, algo inédito desde de que se estreou em competições, em Nova Iorque1984.

Na modalidade com mais representantes nacionais em Paris2024, com sete, Cristina Gonçalves conseguiu, na sua sexta participação em Jogos, a primeira medalha individual, depois de três presenças no pódio em edições anteriores na vertente colectiva do boccia, desporto exclusivo dos Jogos Paralímpicos.

Ao bronze de Diogo Cancela juntaram-se mais seis lugares de diploma, e no badminton Beatriz Monteiro repetiu, no torneio de SU5, o quinto lugar conseguido em Tóquio, em 2021, quando competiu com apenas 15 anos.

No triatlo, a estreia portuguesa ficou marcada pelo quarto lugar de Filipe Marques na categoria de PTS5, a apenas 40 segundos do bronze, numa prova adiada um dia devido à má qualidade da água do rio Sena.

No ciclismo, Portugal voltou às medalhas, com Luís Costa, o mais velho da comitiva a conseguir, aos 51 anos, o bronze no contrarrelógio de estrada H5, para atletas que competem em handbike, e Telmo Pinão a garantir também um diploma na prova de pista de 3.000 metros perseguição da classe C1.

O canoísta Norberto Mourão, bronze em Tóquio2020, sai de Paris2024 com a melhor marca de sempre, mas sem ter conseguido a ambicionada medalha, depois de terminar em quarto lugar a prova de 200 metros VL2.