JORGE FONSECA APÓS O BRONZE DE TÓQUIO: ‘Tenho o sonho de ser campeão olímpico, e vai ser em Paris

O judoca português Jorge Fonseca, medalha de bronze em -100 kg em Tóquio2020, admitiu ontem que, embora esteja “muito feliz”, trazia para o Japão “o sonho de ser campeão olímpico” e prometeu que “vai ser em Paris2024”.

“Tenho um sonho, que é ser campeão olímpico, vai ser em Paris”, atirou o judoca, de 28 anos, na zona mista do Nippon Budokan.

Jorge Fonseca conquistou o bronze na categoria de -100 kg dos Jogos Olímpicos Tóquio-2020, ao bater o canadiano Shady Elnahas, por ‘waza-ari’, alcançando a 25.ª medalha do desporto português em Jogos Olímpicos.

Depois de dois títulos mundiais, os primeiros da história do judo português, e uma medalha de bronze em Europeus, o atleta do Sporting, que no Rio2016 tinha sido 17.º, garantiu a sua primeira medalha olímpica, ao pontuar para ‘waza-ari’, a 39 segundos do fim.

Antes, tinha perdido nas meias-finais com o sul-coreano Cho Guham, depois de ter afastado o belga Tomo Nikiforov e o russo Niiaz Iliasov para chegar às ‘meias’.

Este bronze, de resto, deu-lhe “mais fome”, até por uma espécie de ‘vingança’ pessoal contra França. 

“Estou por aqui com os franceses, [uma vez] um francês eliminou-me e gritou-me na cara. Quero ganhar lá, gritar na cara, porque sou rancoroso e não gosto de perder”, brincou.

De resto, essa é uma questão recorrente, de se alimentar das críticas e das dúvidas, mas também de uma confiança em si próprio, até por dizer “eu sou o melhor”, enquanto ouve música nos períodos que antecedem o combate.

O judoca, que garantiu a 25.ª medalha olímpica para o país, deixou ainda um repto pelo desenvolvimento das modalidades, porque “está na hora do desporto nacional crescer”.

Elencou, de resto, várias outras possibilidades de medalha, do canoísta Fernando Pimenta a Auriol Dongmo (lançamento do peso), Pedro Pichardo e Nelson Évora (triplo salto).

Por agora, vai “levar na cabeça” do treinador, ligar à mãe, que estava “mais nervosa” que o próprio atleta, nascido em São Tomé e Príncipe, “comer bem”, divertir-se e “ver o que correu mal” na derrota nas meias-finais.

Portugal passou a contar quatro medalhas de ouro olímpicas, oito de prata e 13 de bronze, três das quais no judo, por Telma Monteiro (-57 kg), no Rio2016, e Nuno Del