JOSÉ CESÁRIO: Escritório consular em Palm Coast, FL pode reabrir já daqui a dois meses
• POr HENRIQUE MANO | Nova Iorque
A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas está a trabalhar “em velocidade cruzeiro” para resolver algumas das questões mais prementes relacionadas com a rede consular dos Estados Unidos da América. Quem o diz é o próprio secretário de Estado José Cesário, em entrevista exclusiva ao jornal LUSO-AMERICANO concedida durante a sua passagem mais recente por Nova Iorque.
Em deslocação “eminentemente de trabalho” aos EUA, para contactos com o embaixador Francisco Duarte Lopes “e os dois chefes de posto em Newark e Nova Iorque de maneira a nos sintonizarmos sobre alguns procedimentos e mudanças que se vão verificar”, aquele membro do Governo português abordou questões como a falta de pessoal e o acesso ao agendamento nos consulados.
Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, na visitas instalações do Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque
Sobre o caso específico de Palm Coast, no estado da Flórida, Cesário revela estar “neste momento em fase de recrutamento um novo funcionário para o escritório consular” daquela cidade, “dada a obrigatoriedade de saída do funcionário que lá estava”.
O secretário de Estado crê que o processo de colocação posso estar terminado “talvez no máximo daqui a dois meses, admitindo que não haja contencioso”.
Mas admite: “É claro que há aqui um défice ainda, não vale a pena contornar-nos a questão: a Flórida tem hoje uma quantidade e diversidade de gente e de públicos que eu acho que nos vai obrigar a ter de aumentar a oferta de serviços. Não sei ainda como – é uma coisa que vamos avaliar. Mas eu acho que a Flórida vai precisar de uma atenção muito especial nos próximos tempos”.
Cesário revela ainda ter-se registado “um aumento muito grande de actos consulares de vários postos. Neste momento, os dois postos que estão claramente na frente, em termos de actos consulares e receita recolhida, são Washington, DC e São Francisco”.
Para tal contribuirá o factor geográfico, como explica o político: “Quer um, quer outro, cobrem uma área brutal. Washington, DC tem 28 estados e São Francisco treze. E, portanto, isso são factores de distinção em relação a outros que têm menos estados sob sua jurisdição”.
Considera que a rede consular “neste momento está mais ou menos equilibrada, já com a novas admissões que foram feitas – nomeadamente o problema mais grave que tínhamos em Newark, está neste momento colmatado. Com as últimas 4 admissões, temos a situação efectivamente resolvida”.
O Governo português continuará a olhar com atenção para a rede consular pelo mundo. “Com certeza, é, continuará a ser, uma, senão a nossa primeira prioridade. Eu tenho dito em muitos locais que o primeiro problema que nós temos na relação com os portugueses não-residentes em Portugal, é a questão do agendamento, da acessibilidade aos consulados”.
Daí ser defensor acérrimo das permanências consulares, “às vezes feitas até perto dos consulados. No fundo, é uma forma de o consulado se aproximar das pessoas e as pessoas são sensíveis a isso. Esse tipo de trabalho é hoje absolutamente essencial e indispensável”.