Julgamento contra Trump por fraude em Nova Iorque durará até 22 de Dezembro
O julgamento civil contra o ex-presidente Donald Trump por fraude na Trump Organization durará até 22 de Dezembro, confirmou o juiz que lidera o processo, Arthur Engoron. O magistrado anunciou a data na abertura do julgamento contra Trump num tribunal de Nova Iorque, numa sessão em que o magnata compareceu pessoalmente para assistir à exposição dos argumentos da sua defesa e insistir na validade das suas declarações financeiras e no valor de suas propriedades.
Na semana passada, o juiz já havia declarado os réus responsáveis pela acusação de fraude numa decisão sumária, pelo que o que será resolvido nos próximos 3 meses são acusações relacionadas ao caso, como falsificação de dados económicos, e uma compensação por danos, que a Procuradoria fixou em cerca de $250 milhões.
Não estava claro se a duração estimada do julgamento seria mantida após essa primeira vitória da Procuradoria-Geral de Nova Iorque, mas o juiz manteve o calendário e, além disso, sugeriu que quer um processo de baixo perfil em que ele só tenha que se pronunciar para aceitar ou rejeitar argumentos e ordenar pausas, de acordo com a imprensa.
Trump disse que compareceu ao início do processo para defender o seu nome e a sua imagem, um movimento que alguns analistas consideraram uma tentativa de favorecer a candidatura do Republicano nas próximas eleições para a Casa Branca, que continua a ser a líder das preferências entre os eleitores Republicanos, apesar de enfrentar uma longa lista de processos judiciais nos próximos meses.
A decisão do juiz de condenação por fraude em negócios, tomada na semana passada, se for mantida em recurso, poderá forçar Trump a per- der propriedades em Nova Iorque, incluindo a Trump Tower, um edifício de escritórios em Wall Street, campos de golfe e uma propriedade suburbana.
ump negou qualquer irregularidade, argumenta que a procuradora e o juiz estão a subvalorizar ativos como a sua residência em Mar-a-Lago (Florida) e classificou o seu julgamento sobre práticas comerciais ilícitas como uma “caça às bruxas” politicamente motivada.