LIGA EUROPA: Exibição frouxa e ‘estrelinha’ apura ‘encarnados’

O Benfica empatou ontem sem golos em Toulouse e apurou-se para os oitavos de final da Liga Europa de futebol, mas com uma exibição frouxa e com a ‘estrelinha’ da sorte do seu lado.

De resto, a abordagem do Benfica à partida foi, desde logo, muito temerosa, sem assumir e controlar o jogo, permitindo que o Toulouse, 13.º classificado da Liga francesa, se instalasse no seu meio-campo e começasse a criar lances de envolvimento que levavam perigo à área ‘encarnada’.

Aos 19 minutos, Bah ‘deu o corpo às balas’ e evitou que Suazo abrisse o marcador, ao surgir completamente solto junto ao segundo poste, e nem as substituições forçadas feitas pelo treinador do Toulouse, de Diarra e Desler, devido a lesão, quebraram a dinâmica ofensiva dos franceses, muito precipitados na finalização das jogadas.

O Benfica deu sinal de vida apenas aos 24 minutos, quando David Neres conseguiu infiltrar-se até à linha de fundo e assistir para Rafa, cujo remate saiu por cima da barra, mas três minutos depois o Toulouse desperdiçou oportunidade soberana, por Nicolaisen, com uma cabeçada à entrada da pequena área que Trubin sacudiu por instinto.

Só a partir da meia hora de jogo o Benfica conseguiu estabilizar o seu jogo, com controlo da bola, a marcar os ritmos, a subir em bloco e a forçar o Toulouse a defender mais no seu meio-campo, e aos 33 minutos, pela primeira vez, criou um desequilíbrio com uma aceleração de Bah na linha, com Di María a falhar por centímetros o desvio da bola para o fundo das redes.

‘Estamos felizes por estar na fase seguinte’

No final do jogo, Roger Schmidt, treinador do Benfica, afirmou: “Jogámos o suficiente para passar e atingimos o objectivo. Estamos felizes, pois passámos. Tivemos duas ou três oportunidades na primeira parte para marcar, o que seria útil. Na segunda parte, tivemos algumas dificuldades, não encontrámos os momentos certos para as transições e no fim tivemos de defender. Estamos felizes por estar na fase seguinte.”

“No futebol temos de ser tecnicamente espertos. As segundas mãos de jogos internacionais são difíceis, as equipas arriscam mais, como aconteceu hoje. Lutam mais”, disse ainda.