LUSO-AMERICANA É ENFERMEIRA NO NYU LANGONE LONG ISLAND, O HOSPITAL ONDE TAMBÉM NASCEU

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

A enfermeira Kelly Rodrigo, de 28 anos de idade, é uma das profissionais de saúde de origem portuguesa ao serviço do NYU Langone Long Island – considerado uma das dez unidades hospitalares de topo na região nova-iorquina de Nova Iorque, de acordo com a ‘U.S. News & World Report’. Conhecido por muitos pela sua antiga designação – ‘Winthrop’, o NYU Langone conta com 591 camas, um centro de trauma de nível 1 e 75 diferentes áreas de actuação médica.

Kelly Rodrigo nasceu precisamente no ‘Winthrop’, filha de emigrantes portugueses de Alenquer que vieram há 33 anos para os Estados Unidos. Rodrigo cresceu no seio da comunidade lusa de Mineola, onde também fez o liceu.

“Desde jovem que despertou em mim o interesse pelo campo da saúde e por tudo o que lhe está associado”, conta Kelly Rodrigo, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “É também dessa altura a minha inclinação para a ajuda ao próximo.”

A luso-americana começou por se formar na área da flebotomia, no diagnóstico de enfermidades através de análises sanguíneas; arranca carreira precisamente no NYU Langone (então ‘Winthrop’), em 2010. “Ganhei gosto ao contacto com os pacientes e decidi investir mais nos cuidados de saúde”, nota, ingressando então na St. Joseph’s School of Nursing em 2015, para se especializar em Enfermagem no campo da hemodiálise – sector onde está desde então.

“A COVID tem representado uma época muito difícil para todos, acrescentando um nível de stress muito elevado à nossa profissão”, reconhece Kelly Rodrigo. “Mas continuamos a ter fé de que a iremos conquistar de uma vez por todas. Apesar de desafiante, este ramo de actividade também é muito gratificante, pelo que planeio continuar a estudar para avançar na carreira.”

Rodrigo sublinha que o facto de saber falar português “me tem sido profundamente benéfico, uma vez que temos em Mineola uma significativa comunidade lusa. Sou várias vezes chamada a servir de intérprete entre médicos e pacientes ou familiares aqui no hospital. Cresci num lar português e estou eternamente grato aos meus pais por me terem matriculado na Escola ‘Júlio Dinis’ quando era pequena e por me terem exposto à cultura portuguesa.”