LUSO-AMERICANO DE 22 ANOS COMEÇA JÁ ESTA SEMANA CARREIRA DE TÉCNICO SOCORRISTA EM NOVA IORQUE

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

O seu sonho foi sempre, um dia, envergar o emblema do FDNY (Fire Department City of New York) ao ombro. A 18 de Fev

ereiro, e depois de ter passado o respectivo teste de admissão a técnico de primeiros socorros (EMT), começou a sua formação profissional intensiva em Fort Totten, uma base militar no bairro nova-iorquino de Queens utilizada pelos bombeiros de Nova Iorque como base de treino.

“A minha formação deveria ir até Junho, mas, com a situação provocada pela COVID-19, começo já este fim-de-semana a trabalhar”, disse o jovem Michael Rodrigues, de 22 anos, ao jornal LUSO-AMERICANO. “Sinto-me preparado para os desafios que vêm por aí.”

O técnico socorrista e o irmão Chris, que é polícia em Nova Iorque; ambos são bombeiros voluntários em Long Island, NY

➫Michael Rodrigues, FDNY

técnico de primeiros socorros

Para fazer frente à situação de pandemia e à escassez de pessoal médico, várias universidades e outras entidades – nomeadamente o FDNY – apressaram a formação de alunos para os colocar na linha da frente do combate ao coronavírus.

Rodrigues vai fazer parte de uma das diversas equipas de primeiros socorros dos bombeiros de Nova Iorque e começa carreira numa altura em que a cidade combate uma situação muito séria de saúde pública.

Michael Rodrigues nasceu e cresceu no condado de Suffolk, em Long Island. Fez o liceu no Sachem North High School e seguidamente tirou um curso ligado a Protecção Civil na área do combate aos incêndios numa universidade local.

É bombeiro voluntário desde os 17 anos de idade no Holtsville Volunteer FD e reconhece que o irmão Chris, também bombeiro voluntário e agora agente da polícia da NYPD, exerceu influência sobre si na escolha de carreira.

❝PARA MIM É UM ORGULHO PODER FAZER PARTE DO FDNY, UMA DAS CORPORAÇÕES DE BOMBEIROS MAIS CONHECIDAS DO MUNDO❞

➫Michael Rodrigues, FDNY

técnico de primeiros socorros

“Para mim é um orgulho poder fazer parte do FDNY, uma das corporações de bombeiros mais conhecidas do mundo”, ressalva Michael Rodrigues.

O técnico de primeiros socorros reconhece que o facto de estar familiarizado com o português (“entendo mais do que falo”) representa uma mais-valia para o seu trabalho no terreno. “A última vez que estive em Portugal foi há dois anos”, conta.

O pai, Tony, é natural de Valença do Minho e emigrou em 1980 para os Estados Unidos. A família Rodrigues radicou-se em Bay Shore, NY. A mãe, Lucy, nasceu em Jamaica, NY, filha de imigrantes de Ponte de Lima mas cresceu em Williston Park, NY.

Como mãe de dois filhos em profissões de risco, Lucy Rodrigues admite estar “nervosa. Rezo todas as noites e entrego-os a Deus. O Chris está colocado como polícia numa zona com muita criminalidade e o Michael vai começar agora a trabalhar nesta altura difícil”, diz, em declarações ao jornal LA. “Por outro lado, estão a fazer o que gostam e, como mãe, quero que sejam felizes. Que façam o que o seu coração ditar.”

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