LUSO-AMERICANO É SUPERVISOR EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS EM HOSPITAL NOVA-IORQUINO

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

Está desde 2018 afecto ao Peconic Bay Medical Center de Riverhead, em Long Island, NY, do grupo Northwell Health, o luso-americano Mário Silva, de 31 anos. O profissional é supervisor de laboratório de análises clínicas e transitou para aquela unidade médica depois de ter estado seis anos no North Shore University Hospital, como analista médico.

“Presentemente tenho toda a supervisão do laboratório a meu cargo, sendo a minha área a de bancos de sangue”, afirma Mário Silva, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO.

O luso-descendente teve desde sempre inclinação para as ciências e medicina e foi um professor que o encaminhou, já na universidade, para o sector laboratorial clínico. “Os testes laboratoriais representam até 80% do diagnóstico de um paciente”, nota Silva. “No entanto, a maioria do pessoal médico e hospitalar nunca entrou num laboratório. Gosto de trabalhar nos bastidores para ajudar quem está doente e de estar do lado da ciência que substancia a medicina”.

❝SEM PESSOAL PARA REALIZAR TESTES LABORATORIAIS, OS HOSPITAIS NÃO FUNCIONAM❞

➔Mário Silva, supervisor de laboratório de análises clínicas

Mário Silva nasceu no St. Catherine’s Hospital de Smithtown, NY; a mãe, Maria Pego Silva, é natural de London, Ontário (Canadá), filha de imigrantes de Valença do Minho e o pai, Frank Silva, do Rio de Janeiro, Brasil (o avó paterno é do Porto e a avó de Trás-os-Montes). Depois de ter terminado o secundário em Bohemia (Connetquot High School), ingressou na Long Island University CW Post, obtendo uma licenciatura em Ciências Clínicas Laboratoriais.

Durante o pico da COVID-19, no início do ano, o técnico luso-americano foi fundamental para a implementação das três metodologias de triagem adoptada pelo Peconic Bay Medical Center: “Ajudei não apenas a validar os testes, mas a treinar pessoal e a testar pacientes e corpo médico. Paralelamente, dei ainda assistência nessa área ao Northwell Health Core Laboratory”.

❝SENDO ESTE UM VÍRUS TÃO NOVO, A EFICÁCIA GERAL E OS EFEITOS COLATERAIS DAS VACINAS LEVARÃO TEMPO A DETERMINAR NA TOTALIDADE❞

➔Mário Silva, supervisor de laboratório de análises clínicas

Mário Silva lembra que a existência de vacinas contra o coronavírus não deverá inibir-nos de continuar a seguir todas as precauções já estabelecidas. “A aprovação das vacinas passa por muitos regulamentos e normas. Sendo este um vírus tão novo, a eficácia geral e os seus  efeitos colaterais levarão tempo a ser determinados na sua totalidade. Em geral, o público deve tomar precauções-padrão (lavar as mãos, usar uma máscara). Também é importante revitalizar o sistema imunológico – algo, aliás, que não é muito falado, mas que ajuda o nosso corpo a prevenir as doenças contagiosas”.

Silva chama ainda a atenção para “a importância dos testes laboratoriais e a necessidade de mais técnicos clínicos de laboratório. Há uma grande procura de profissionais neste domínio em muitos hospitais e em certas zonas do país”, afirma, “Sem pessoal para realizar testes laboratoriais, os hospitais não funcionam”.

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