Madeira investiu 21ME em programa que apoia viagens de estudantes

O Governo da Madeira investiu cerca de 21 milhões de euros nos cinco anos de vigência do programa Estudante Insular, substituindo-se ao Estado na atribuição do subsídio social de mobilidade aos alunos deslocados, disse o PSD.

“Enquanto o Estado, responsável pela mobilidade e pela coesão nacional, nada fez para combater esta injustiça, o Governo Regional, em 2019, tomou a dianteira para resolver este assunto, criando o Estudante Insular”, disse o deputado social-democrata Bruno Melim no plenário da Assembleia Legislativa do arquipélago, no Funchal.

O parlamentar referiu que muitos estudantes deslocados tinham de pagar “preços pornográficos”, na ordem dos 600 ou 700 euros, pela viagem, sobretudo nesta época festiva do ano, e outros nem tinham capa- cidade financeira de passar o Natal e o Fim do Ano em casa. Com o programa, em vigor há cinco anos, os apoios abrangeram “mais de 80.000 viagens e cerca de 9.000 alunos” Bruno Melim declarou que a mobilidade é uma “competência intrínseca de qualquer Estado, mas em Portugal não é isso que acontece”, e criticou o “centralismo e a visão quadrada dos socialistas”.

O eleito mencionou a posição dos candidatos à liderança nacional do PS sobre esta matéria. Pedro Nuno Santos, indicou o social-democrata, disse que a mobilidade dos madeirenses custa anualmente 50 milhões de euros aos cofres da República, “como se de um favor se tratasse”. Quanto a José Luís Carneiro, acrescentou, admitiu “ter uma nova proposta para o modelo de mobilidade para as regiões autónomas”.

Nesta sessão plenária, o deputado do PCP Edgar Silva, que pediu a suspensão temporária, substituído por Ricardo Lume.