MANCHESTER CITY, 3 — FC PORTO, 1: ‘Dragões’ desapareceram na segunda parte

O FC Porto fez quarta-feira uma primeira parte de grande nível no Etihad, mas ‘desapareceu’ na segunda e perdeu por 3-1 com o Manchester City, na estreia no Grupo C da Liga dos Campeões em futebol.

Os ‘dragões’, sem vitórias e só com três empates nas anteriores 20 visitas a Inglaterra, estiveram a ganhar, com um grande golo do co-lombiano Luis Díaz, aos 14 minutos, mas, logo aos 20, os ingleses empataram, num penálti do argentino Agüero, cometido sem necessidade por Pepe, só que após ‘pisão’ de Gündogan a Marchesín.

A igualdade não afectou, porém, os ‘dragões’, que, no seu 400.º jogo nas taças europeias, continuaram muito bem até ao intervalo, para mudarem para muito pior na segunda parte, na qual, simplesmente, não existiram ofensivamente.

O alemão Gündogan, de livre directo, aos 65 minutos, depois de perda de bola e falta de Fábio Vieira, e o suplente espanhol Ferrán Torres, aos 73, ‘selaram’ o 3-1 do City, que, na parte final, poderia mesmo ter chegado à goleada, perante um FC Porto ‘descontrolado’.

Desta forma, os portistas continuam sem ganhar em Inglaterra e são últimos do Grupo C, tendo já pela frente, na próxima semana, um encontro importante, no Dragão, perante o Olympiacos, de Pedro Martins, que quarta-feira bateu o Marselha, de André Villas-Boas, por 1-0.

O FC Porto entrou com três centrais (MbemBa, Pepe e o estreante Sarr), à frente de Marchesín, Corona e Zaidu nas laterais, Sérgio Oliveira e Uribe como médios centrais e um trio na frente, com Fábio Vieira na direita, Luis Díaz na esquerda e Marega ao meio.

Conceição arrasou arbitragem

Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, afirmou no final do encontro: “Eu acho que a primeira palavra tem de ir para os jogadores. Mudei a estratégia da equipa, com alguns elementos recém-chegados, porque sabíamos que era importante anular alguns pontos fortes do Manchester City.”

“Aos 60 e tal minutos o jogo mudou, o City dificultou a nossa tarefa, mas fomos à procura de tentar reduzir a desvantagem no marcador. Neste jogo, ao contrário da frustração que senti em alguns momentos no último encontro do campeonato [frente ao Sporting], sinto um grande orgulho”, prosseguiu.

“Fomos pioneiros do VAR [videoárbitro], mas, pelo que vi hoje, devo um pedido desculpas a todos os árbitros do nosso país. Se há país que é competente no VAR é o nosso, comparativamente com o que se viu aqui hoje. Fomos prejudicados, tínhamos tudo para fazer um resultado positivo, que era a vitória”, disse ainda.

Sérgio Conceição e Josep Guardiola desentenderam-se

Durante a conferência de imprensa que se seguiu à derrota, Sérgio Conceição falou também da discussão mais acesa que teve com Josep Guardiola, treinador dos ‘cityzens’ na segunda parte do encontro.

“O Guardiola teve uma postura nada agradável. Aliás, todo o banco adversário, porque quem tinha mais que se queixar era o banco do FC Porto, porque fomos muito prejudicados”, sublinhou ainda Sérgio Conceição, antes de dar o assunto por encerrado.