Marcelo fez cerca de 700 condecorações, 23 vetos e 17 visitas de Estado

O antigo comentador político e professor universitário de direito, de 72 anos, foi eleito nas presidenciais de 2016 com 52% dos votos expressos – após um ciclo de dez anos de Aníbal Cavaco Silva em Belém – e reeleito em 24 de Janeiro passado, com 60,67%.

No seu primeiro mandato como chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa manteve sempre uma agenda intensa, mais acentuada no primeiro ano, e nem toda oficialmente divulgada, o que torna árdua a tarefa de reconstituir a história da sua actividade.

No que respeita às condecorações, é possível encontrar uma listagem no portal das ordens honoríficas na Internet: atribuiu, no total, 697 a cidadãos ou entidades nacionais, das quais 156 em 2016, 145 em 2017, 193 em 2018 e 118 em 2019, 82 em 2020 e três em 2021, até meados de Fevereiro deste ano.

Por comparação, os seus antecessores eleitos em democracia, no conjunto dos respectivos dois mandatos, entregaram todos mais do dobro de insígnias: Aníbal Cavaco Silva teve o menor número, aproximadamente 1.500, Jorge Sampaio cerca de 2.400, Mário Soares perto de 2.500 e António Ramalho Eanes cerca de 1.900.

Isto, contabilizando apenas as condecorações atribuídas no plano nacional. Os estrangeiros condecorados pelo actual Presidente da República foram 231, até Dezembro do ano passado. Num caso e noutro, optou por realizar várias cerimónias sem publicitação.

Entre as suas inúmeras iniciativas em território nacional, que foram mais de 250 só nos primeiros 100 dias em funções, destacam-se as visitas aos locais atingidos pelos incêndios de 2017, num registo não oficial, e as ações de sensibilização e de apoio às pessoas em situação de sem-abrigo.

No plano externo, fez mais de 80 deslocações ao estrangeiro e esteve em 39 países diferentes. Foi doze vezes a Espanha, dez a França, seis aos Estados Unidos da América, quatro ao Brasil e a Itália, três vezes à Rússia, à Grécia, à Bélgica e a Cabo Verde – sem contar com escalas – e repetiu visitas à Alemanha, a Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe, onde esteve duas vezes.

Esteve também no Vaticano, o primeiro país que visitou, e em Marrocos, Bulgária, Suíça, Cuba, Colômbia, Reino Unido, Senegal, Croácia, Luxemburgo, México, Lituânia, Andorra, Malta, República Centro-Africana, Egipto, Áustria, Letónia, Guatemala, Panamá, China, Costa do Marfim, Tunísia, Afeganistão, Israel e Índia.