Marcelo foi reeleito com 60,7% seguindo-se Ana Gomes com 12,9% e André Ventura com 11,9%

No auge da Covid-19 em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República com 60,7% dos votos na primeira volta das presidenciais. Combate à pandemia e ao extremismo estão entre as suas prioridades.

Marcelo Rebelo de Sousa: “A confiança agora renovada é tudo menos um cheque em branco”.

Marcelo Rebelo de Sousa venceu as presidenciais deste domingo sem dificuldades, conquistando 60,70% dos votos na sua segunda candidatura à Presidência portuguesa, apesar da abstenção recorde.

No seu discurso da vitória, o Presidente renovou o seu compromisso com os portugueses, que querem um Presidente “que respeite o pluralismo e a diferença, um Presidente que nunca desista da justiça social”, e frisou que “o mais urgente” agora é o combate à pandemia de Covid-19.

“A 2 de Novembro, dia da evocação das vítimas da pandemia no Palácio de Belém, havia 2590 mortos. São agora 10.469. Para eles, assim como para os mortos não Covid, vai o meu, o nosso primeiro emocionado pensamento”, disse o chefe de Estado reeleito.

“Temos de fazer tudo o que de nós dependa, mas mesmo tudo, para travar e depois inverter um processo que está a pressionar em termos dramáticos as nossas estruturas de saúde”, salientou Rebelo de Sousa, reconhecendo que “os portugueses querem mais e melhor” em termos de justiça social e em gestão da pandemia. “A confiança é tudo menos um cheque em branco”, sublinhou.

Ana Gomes em segundo

De acordo com os dados oficiais, em segundo lugar ficou a candidata independente Ana Gomes, com 12,97% dos votos. A mulher mais votada de sempre em Portugal ultrapassou, assim, o candidato da extrema-direita André Ventura, do partido Chega, que ficou em terceiro lugar com 11,90% dos votos.

Em quarto lugar ficou João Ferreira, o candidato apoiado pelo Partido Comunista Português (PCP), com 4,32% dos votos, seguido por Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda (BE), com 3,95%. Tiago Mayan do partido Iniciativa Liberal ficou em sexto lugar, com 3,22%, seguido do candidato independente Vitorino Silva, com 2,94%.