MICHAEL PHELPS: ‘Pensei suicidar-me e quero ajudar outras pessoas’

Quem olha para 28 medalhas conquistadas em Jogos Olímpicos, 23 de ouro, pode ter a tentação de imaginar um percurso repleto de sucesso alavancado por um mar de conquistas. 

Essas, são factuais, mas poucos conhecem de perto a realidade diária de um atleta de alta competição e a forma como, não raras vezes, sofre psicologicamente durante o processo de alcançar as metas a que se propõe.

Sem meias palavras, como habitual, Michael Phelps voltou a assumir momentos de profunda angústia durante a carreira, relatando perante uma generosa plateia alguns dos episódios mais difíceis que ultrapassou, marcados por uma terrível fase de ideação suicida.

“Eu não queria estar vivo. Não comia, não bebia, fui para um centro de recuperação. Estava a lutar pela minha vida mais do que as pessoas poderiam imaginar”. O testemunho contado na primeira pessoa é revelador, mas não surpreendente. Não é a primeira vez que o nadador americano revela em público os problemas de saúde mental por que passou e voltou a fazê-lo, agora em Madrid, no Fórum Empresarial Mundial, ao lado da também lenda da modalidade, a atleta paralímpica espanhola Teresa Perales.

Citado pelo ‘Marca’, a propósito de uma segunda depressão por que passou em 2014, depois de já ter enfrentado o mesmo problema em 2004, o ex-atleta de 38 anos aproveitou para recordar as suas primeiras braçadas numa modalidade solitária como a natação.

Agora, após quase duas décadas de competição ao mais alto nível, é altura de novas conquistas, igualmente importantes.