Miguel Alves demite-se após acusação do Ministério Público por prevaricação
O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, apresentou ontem a sua demissão ao chefe do Governo, António Costa.
Numa carta enviada ao primeiro-ministro, Miguel Alves afirma:
“Face à acusação deduzida pelo Ministério Público, e mesmo não tendo conhecimento dos seus termos e pressupostos, entendo não estarem reunidas as condições que permitam a minha permanência no Governo de Portugal”.
“Agradeço a confiança depositada em mim pelo primeiro-ministro, o trabalho que foi possível fazer com todos os membros do Governo ao longo das últimas semanas.
Estou de consciência tranquila, absolutamente convicto da legalidade de todas as decisões que tomei ao serviço da população de Caminha e muito empenhado em defender a minha honra no local e tempo próprio da Justiça”, escreveu o secretário de Estado.
O Ministério Público (MP) acusou Miguel Alves de prevaricação, indicou à agência Lusa fonte judicial.
Segundo a mesma fonte, em causa estão contratos adjudicados pelo município de Caminha para, alegadamente, favorecer uma empresa de comunicação de Manuela Couto, mulher do ex-autarca de Santo Tirso Joaquim Couto e que está a ser julgada na “Operação Éter”, durante o período em que Miguel Alves era presidente da autarquia.
O primeiro-ministro, António Costa, aceitou ainda ontem o pedido de demissão do seu secretário de Estado Adjunto, Miguel Alves.