Moradores reuniram-se com técnicos da Câmara Municipal para discutir situação crítica de inundação
Um grande exemplo de unidade teve lugar na passada quinta-feira na Stanford Avenue, em Kearny, NJ.
A artéria, tal como muitas outras, foi vítima da mãe-natureza com inundações e os naturais prejuízos. Contudo, queixa-se quem vive nesta rua, que basta chover mais do que o habitual, a água não escoa, causando assim inundações de 3 a 4 polegadas. A culpa pode ser da mãe-natureza, mas não. Aconteceu com as tempestades tropicais ‘Ida’ e ‘Sandy’. Sempre que chove, quem reside nesta pequena artéria com pouco mais de 300 metros diz, a rua inunda.
Cansados de se queixarem à câmara, os residentes marcaram uma reunião pública na própria rua, para debaterem a situação e discutirem as medidas a tomar para que os responsáveis resolvam o problema. E o problema não é passado nem presente. Trata-se de uma questão futura que assusta quem por ali vive, entre os quais várias famílias portuguesas.
Margarida Portugal e o seu vizinho Nuno Pinto, este último arquitecto, antevêem o que poderá ser caótico. A construção de um mega-armazém na própria rua que não irá absorver a água da chuva e que se prevê que vá causar ainda mais inundações, expelindo para a Stanford Avenue ainda mais água.
“Temos medo,” diz Margarida Portugal. “Eu vivo aqui há dois anos, tenho inquilinos e se a questão não se resolver e eles decidirem sair daqui, como vou eu pagar a minha hipoteca?” questiona.
Junto dos residentes que se reuniram num parque de estacionamento de uma das residências, estavam um vereador e alguns engenheiros camarários que ali se deslocaram para acalmar os ânimos. “Vamos construir uma conduta com um anel que irá encaminhar a água para uma espécie de piscina subterrânea e que, através de canalização própria, irá afastar a água desta rua,” disse um engenheiro camarário.
Nuno Pinto, também ele arquitecto, não acredita que o problema possa ser resolvido com esta facilidade, uma vez que, nas proximidades, está o aterro que o ‘mayor’ Alberto Santos mandou isolar e ainda bem.
“Este aterro absorve a água, mas quando esta chega ao futuro armazém e ao parque de estacionamento que vai ser construído, é quase certo que vamos ter mais água do que agora, se o sistema hoje aqui apresentado não funcionar,” afirma.
Entretanto, um vereador presente disse que inundações como as provocadas pelo Sandy e o Ida só acontecem de 50 em 50 anos. A questão que se coloca agora são as alterações climáticas que tornam mais assíduas as inundações provenientes de tempestades tropicais que não aconteciam há 10, 20 ou 30 anos.
Contudo, o exemplo está na unidade dos residentes e das suas preocupações na área onde residem.