Mosteiro de Cabeceiras de Basto recupera tela “que se julgava perdida”
A Igreja do Mosteiro de S. Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto, ostenta no altar-mor, desde o passado fim de semana, uma tela de grandes dimensões que se julgava perdida mas que foi encontrada em 2013.
A Câmara de Cabeceiras de Basto anunciou hoje que a pintura, datada da segunda metade do século XVIII e atribuída a Pascoal Parente, tem 7,5 metros de altura e 2,9 metros de largura, representando a Santíssima Trindade e S. Miguel, no seu aspecto mais guerreiro.
Definida pela autarquia como “peça única” e “de valor patrimonial relevante”, a tela permanecerá no retábulo da igreja até à Páscoa.
Julgava-se que estava perdida mas foi encontrada em 2013, no âmbito de um levantamento das necessidades de intervenção de conservação mandado efectuar pela Câmara Municipal.
Foi recuperada, tratada, e agora está “em exposição”.
A Câmara de Cabeceiras de Basto está a preparar uma candidatura a Património Mundial da UNESCO daquele mosteiro, considerado a jóia do barroco em Terras de Basto e que está classificado como imóvel de interesse público desde 1933.
Entretanto, a Câmara tem em curso um projecto de remodelação dos claustros do mosteiro, que visa transformá-los num espaço para actividades culturais e recreativas.
O projecto incide sobretudo na drenagem das águas pluviais, numa intervenção arbórea, mas também ao nível do ajardinamento e pavimentação do piso.
Dignificar o local, conferindo uma maior visibilidade sobre a parte edificada, nomeadamente o Zimbório e as Torres Sineiras do mosteiro, é o objectivo.
Outrora local de clausura dos monges beneditinos, aquele espaço sofreu beneficiações diversas nos últimos anos, nomeadamente ao nível da pintura, som e iluminação.
No entanto, a parte central permaneceu sempre em terra.
A Câmara também já apresentou uma candidatura a fundos comunitários para a recuperação dos altares e de outros espaços e elementos estruturais do edifício.