Movimento 4B: Cresce interesse por movimento feminista que pode afectar a economia do país

A vitória republicana desencadeou um súbito interesse de mulheres norte-americanas no movimento feminista que nasceu na Coreia do Sul.

Autodenominado de ‘4 B’, o movimento assenta na premissa de que as mulheres não devem namorar, casar, ter relações sexuais ou filhos com homens. Desde quarta-feira que o Google registou mais de 200 mil pessoas que pesquisaram sobre o assunto e nas redes sociais muitas mulheres defenderam que vão adoptar este modo de vida.

O movimento nasceu na Coreia do Sul em 2018 na senda do movimento ‘MeToo’, e tornou-se numa forma de as mulheres protestarem contra a discriminação de género e violência contra as mulheres.

O interesse renovado no 4B surge na sequência de uma eleição em que o género desempenhou um papel importante, escreve a NBC. Houve quem pensasse que as questões relacionadas com o futuro dos direitos reprodutivos das mulheres levariam os eleitores a votar em Kamala Harris e a dar a Trump uma derrota esmagadora – em vez disso, as mulheres acabaram por gravitar em torno dele. Para muitas mulheres, esta vitória foi uma indicação de que os seus direitos reprodutivos estão a diminuir.

Online, muitas vieram defender esta posição, explicando porém que não é de uma guerra aberta contra os republicanos, mas sim uma forma de marcarem uma posição sobre as leis contra o aborto.

Na Coreia do Sul, o movimento resultou numa queda brusca da natalidade, afectando negativamente a economia do país.