Movimentos protestam em Sines e pedem travão na destruição do litoral alentejano 

Dezenas de manifestantes percorreram algumas artérias da cidade de Sines, no distrito de Setúbal, para exigir da República um travão na destruição do litoral alentejano e o respeito pelo futuro deste território. A ação foi organizada por 18 colectivos e associações da região que lutam por uma “justiça social e ambiental” no litoral alentejano, que entendem estar a ser sacrificado por interesses económicos. 

Os protestos “saíram à rua para exigir à República, em 5 de Outubro (quando 113 anos da implantação da República em Portugal), que se trave imediatamente a destruição do litoral alentejano com graves consequências para o ambiente e para a vida de quem aqui vive e trabalha”, explicou à agência Lusa Bruno Candeias, um dos membros da organização. 

Após a concentração, ao início da manhã, no Jardim das Descobertas, e a realização de uma assembleia de movimentos onde foram expostos alguns dos argumentos de cada colectivo e associação, os participantes juntaram-se na marcha designada “Tirem as mãos do Litoral Alentejano”. 

Com esta acção “exigimos que se garanta o respeito integral pela vontade das populações naquilo que é o futuro dos seus territórios que têm sido esmagados constantentente”, frisou o responsável. 

Ele deu como exemplo o encerramento da central termoeléctrica de Sines que “deitou cerca de 300 trabalhadores para o desemprego”, e as questões relacionadas “com a especulação imobiliária que é gerada pelo turismo de luxo, mas também por um conjunto de investimentos que se especulam para Sines e fazem aumentar o preço das casas”. 

A marcha pacífica, acompanhada pelas forças de segurança locais, terminou no Jardim da Praça da República.